O Cruzeiro escapou da derrota no fechar das cortinas no Mineirão. No último lance do jogo, o time celeste arrancou o empate com o Cerro Porteño, em 1 a 1, pelas oitavas de final da Copa Libertadores.
Não será missão fácil no Paraguai, no próximo dia 30, mas podia ser pior. O gol no fim deixa tudo em aberto e quem vencer na volta avança. O empate sem gols favorece o Cerro.
Falta eficiência e sorte ao Cruzeiro
Com o Mineirão empurrando a equipe desde o apito inicial, o Cruzeiro seguiu as instruções do técnico Marcelo Oliveira e foi para o ataque. Não de forma desorganizada, mas com consistência no meio-campo e boa presença de Willian e Samudio pelo setor esquerdo. O lado direito, com Ceará e Elber, incomodava menos o Cerro Porteño, porém também não comprometia.
Fernandéz foi o nome mais ativo dos paraguaios. A bola parecia procurar o goleiro. No meio do bombardeio celeste, no entanto, apenas duas bolas exigiram grandes defesas, e em uma delas por conta de um desvio na defesa no meio do caminho. A outra foi em finalização da entrada da área de Éverton Ribeiro. De resto, chutes de média ou longa distância que pouco acrescentaram.
O Cerro Porteño tampouco veio para defender apenas. Apesar da forte marcação, o time de Arce tentava trabalhar a bola quando a tinha em seus pés. Mas a marcação cruzeirense também era forte. Porém, aos 31 minutos, em cobrança de escanteio, Fábio deu rebote em cabeçada de Ortiz, Corujo aproveitou o rebote e bateu cruzado. Angel Romero desviou no caminho e abriu o placar.
Pressão sem efeito... Até o último minuto
Borges entrou na equipe antes do intervalo, no lugar do apagado Elber, que deixou o campo após levar a pior em dividida com Ortiz. O Cruzeiro ficou ainda mais ofensivo e voltou para o segundo tempo no ataque. Só que o Cerro era ainda mais perigoso nos contra-ataques.
Quem teve trabalho acabou por ser Fábio. Aos quatro minutos, Oscar Romero saiu na cara do goleiro, que fechou o ângulo e impediu o gol. Dois minutos depois, um chute de Güiza parou nas mãos do cruzeirense.
Marcelo Oliveira colocou Mayke, depois Marlone... Nada adiantou. A pressão azul surtiu pouco efeito. Apenas uma bola na trave de Willian e um chute de Lucas Silva que por pouco não entrou por falha do goleiro paraguaio.
No último lance do jogo, quando o árbitro se preparava para apitar o fim da partida, uma bola alçada na área encontrou Samudio, que empurrou para dentro do jeito que deu e arrancou o grito da torcida no Mineirão.
1-1 | ||
Miguel Samudio 90' | Ángel Romero 32' |