O Palmeiras praticamente não ameaçou durante os 90 minutos. O Atlético Mineiro teve uma grande chance, em pênalti desperdiçado por Hulk. No fim, a decisão do finalista da Libertadores fica para Belo Horizonte, após 0 a 0 no Allianz Parque.
Sem vantagem para nenhum lado, Galo e Verdão voltam a jogar na próxima terça-feira, com igualdade de condições, para definir quem avança.
O jogo começou com muita tensão e muita confusão. Felipe Melo disse presente com duas entradas duras no ataque atleticano, buscando também enervar Hulk, pendurado. Demorou um pouco para a bola rolar com mais qualidade.
Quando os times conseguiram colocar mais a bola no chão, a posse de bola foi dividida. O Atlético usava muito a presença de Guilherme Arana na canhota, por isso Marcos Rocha fazia uma partida mais contida, se juntando aos zagueiros na saída a três e avançando pouco ao ataque, deixando com Dudu o ataque a profundidade pela direita, com Raphael Veiga avançando no corredor central.
Os ataques avançavam, mas com cautela. Qualquer erro poderia ser fatal em um jogo tão importante. Sem espaço para infiltrações, Arana tentou arremate de fora, mas errou por muito.
Demorou, mas o Galo conseguiu uma infiltração através de um belo lançamento de Nacho, que encontrou Zaracho na área. O argentino mandou para o meio, e Diego Costa acabou derrubado por Gustavo Gómez: o árbitro marcou pênalti. Na cobrança, porém, Hulk mandou na trave.
O pênalti desperdiçado por Hulk foi a única grande chance de gol de um primeiro tempo tenso, quente, de um bom duelo tático, mas de pouca emoção.
O panorama tático mudou um pouco no segundo tempo com a lesão de Diego Costa logo no início. Keno entrou na ponta esquerda, formando uma espécie de 4-2-3-1, com Hulk como única referência.
Keno bem aberto na ponta acuou ainda mais Marcos Rocha, e sem Piquerez aparecer do outro lado, o Palmeiras ficou sem jogo pelos corredores laterais. Abel Ferreira tentou colocar Wesley para buscar jogadas mais ousadas na esquerda, enquanto Deyverson foi opção para a retenção de bola.
O Atlético, porém, seguiu melhor, seguiu em cima. Mas ainda faltava agredir mais. O segundo tempo também foi carente de lances mais agudos, de chances claras de gol.
Faltando dez minutos para o fim, Hulk conseguiu ameaçar na bola parada, em cobrança de falta forte que passou perto da trave. Mas foi só isso. 0 a 0, e a decisão vai em igualdade para Belo Horizonte.
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