Foi uma noite de grandes emoções na capital paraguaia. Diante do Olimpia, que contou com a presença do seu torcedor, o Flamengo encarou uma verdadeira batalha, mas contou com o brilho de Arrascaeta e Gabigol para sair vencedor e abrir grande vantagem na luta por uma vaga nas semifinais da Libertadores: 4 a 1.
Com o resultado, o time comandado por Renato Gaúcho, além de quebrar o tabu histórico de nunca ter vencido os paraguaios na história da competição, pode até perder por dois gols de diferença no jogo de volta, que acontece na próxima semana no Mané Garrincha, em Brasília, que avança às semis da Liberta.
Embalado pela presença de seu torcedor, o Olimpia tomou coragem e partiu para cima do Flamengo nos primeiros minutos. Logo aos nove, após pressionar a saída de bola rubro-negra, Sosa bateu cruzado pela esquerda, Santa Cruz tentou completar e Isla apareceu para afastar o perigo.
A empolgação paraguaia, em contrapartida, fez com que o Fla conseguisse o que mais gosta: espaço para atacar. E foi assim que aos 15, Gabigol esticou linda bola para Bruno Henrique, que invadiu a área e serviu Arrascaeta. O uruguaio dominou e, com muita categoria, tocou na saída de Aguilar.
Logo na sequência, um triste episódio marcou a etapa inicial. Aos 22, Salazar dividiu com Arrascaeta pela direita e levou a pior. O defensor do Olimpia, que recebeu uma pancada involuntária no rosto, precisou deixar o campo de ambulância, causando grande aflição no Estádio Manuel Ferreira.
Após dez minutos de paralisação, o duelo voltou mais tenso e cheio de reviravoltas. Aos 52, o Flamengo transformou a expulsão de Filipe Luís, que fez falta dura em Sosa, em uma oportunidade para ampliar a vantagem. Explicando: momentos antes da infração cometida pelo lateral rubro-negro, Arrascaeta foi derrubado na área paraguaia. Com a intervenção do VAR, o cartão vermelho foi anulado e o time brasileiro teve um pênalti a favor. Na cobrança, Gabigol mandou para as redes.
E não parou por aí. Antes do intervalo, o time da casa ainda encontrou tempo para descontar. Após cruzamento de Otálvaro pela direita, Sosa ganhou disputa com Isla e a bola sobrou para Torres, que testou para o fundo das redes: 2 a 1.
Na volta do segundo tempo, o Olimpia esboçou ir para cima, mas foi castigado logo aos seis minutos. Bruno Henrique recebeu na entrada da área e tentou o chute. A bola saiu mascada, mas encontrou Gabigol no meio do caminho. Livre, o camisa 9 só teve o trabalho de empurrar para o fundo das redes.
Em grande prejuízo, o time paraguaio se lançou, de forma desorganizada ao ataque, e ofereceu o contra-ataque ao Fla, que acumulou chances para deixar o campo com um placar ainda mais elástico.
Quase sempre com Bruno Henrique pela esquerda, o time de Renato Gaúcho encontrou espaços com facilidade. Aos 25, Bruno avançou com espaço e colocou Everton Ribeiro na cara do gol. O meia bateu firme e parou em grande defesa de Aguilar.
Nos minutos finais, o panorama continuou o mesmo. Até que aos 45, Gabigol foi lançado em profundidade, completamente livre, arrancou para dentro da área e foi solidário com Vitinho, que entrou livre para dar números finais à partida: 4 a 1.
1-4 | ||
Iván Torres 45' | De Arrascaeta 16' Gabriel Barbosa 45' (pen.) 52' Vitinho 90' |