Nem parecia um dos maiores clássicos do futebol mundial. Brasil e Alemanha fizeram suas estreias em Tóquio, mas apenas um time fez jus a sua tradição. Superior nos 90 minutos, a seleção brasileira venceu por 4 a 2, perdeu a oportunidade de aplicar goleada histórica e ainda chegou a sofrer por conta dos próprios erros.
Ao vencer o duelo mais pesado da fase de grupos, o Brasil dá um passo seguro para as quartas de final, liderando o grupo D ao lado da Costa do Marfim, que será justamente o próximo rival. O último encontro será contra a Arábia Saudita.
O 7 a 1 vive na memória do torcedor brasileiro e o que se viu no primeiro tempo foi um massacre semelhante, embora a nível olímpico. De fato, não fosse por certa displiscência e pelo mal dia de Matheus Cunha, o placar teria sido alcançado com certa facilidade tamanha a diferença entre as duas seleções.
Com apenas seis minutos de jogo, o Brasil já tinha chegado com perigo duas vezes, e logo abriu o placar. Antony deu boa assistência para Richarlison, que ainda parou em Müller na primeira finalização. Na sobra não teve jeito: o Pombo dançou. E não parou mais.
Com 21 minutos, Bruno Guimarães encontrou bom lançamento para Guilherme Arana, que foi até a linha de fundo e cruzou na medida para Richarlison fazer o segundo. Antes dos 30, o atacante do Everton recebeu de Matheus Cunha e bateu cruzado para o seu terceiro.
Chegando sempre com facilidade na área da Alemanha, o Brasil ainda teve um pênalti a seu favor antes do intervalo. Matheus Cunha bateu com força, mas Müller fez a defesa.
A seleção alemã até se reorganizou no segundo tempo. Mas, ainda assim, não deixou de dar espaços. E o Brasil, com o placar garantido, abusou de desperdiçar oportunidades. Claudinho mandou para os áreas ao tentar de primeira, livre na área, e Matheus Cunha perdeu outra inacreditável de frente para Müller.
Aos 11 minutos, o castigo: Amiri arriscou da entrada da área, a bola quicou com efeito e enganou Santos. Uma falha do goleiro em um dos poucos lances em que foi exigido.
O gol poderia até incendiar a Alemanha, mas o Brasil seguiu melhor e ainda ficou com um a mais em campo depois da expulsão de Arnold. Talvez a boa vantagem tenha tirado o foco do ataque brasileiro, que seguiu criando e desperdiçando chances.
André Jardine resolveu tirar Claudinho, Richarlison e Antony. Entraram Malcom, Paulinho e Reinier. O time perdeu em intensidade e presença na área, mas seguiu dominante.
Em novo momento de desatenção brasileira, a Alemanha chegou ao segundo gol. O cruzamento veio da esquerda e com a defesa posicionada, mas Diego Carlos chegou atrasado no lance e deixou Ache cabecear sem oposição para o 3 a 2.
O Brasil ainda perdeu mais uma chance clara com Matheus Cunha, em partida esforçada e ao mesmo tempo infeliz. No lance seguinte, ao menos, o contra-ataque funcionou e Paulinho teve facilidade para fazer o 4 a 2. Era para ter sido muito mais...
4-2 | ||
Richarlison 7' 22' 30' Paulinho 90' | Nadiem Amiri 57' Ragnar Ache 84' |