Ferroviária vence América de Cali e fatura bicampeonato da Libertadores Feminina

Foi com emoção! A Ferroviária é a grande campeã da Libertadores Feminina 2020. Neste domingo, no Estádio José Amalfitani, em Buenos Aires, a Locomotiva encarou a forte equipe do América de Cali e precisou sofrer para garantir o título. Com gols de Sochor e Aline Milene e grandes contribuições da trave e da goleira Luciana, a Ferrinha precisou segurar a pressão colombiana para vencer por 2 a 1.

Campeãs em 2015 e vice-campeãs na última edição, as Guerreiras Grenás voltam ao topo do continente e faturam o bicampeonato da competição. Quem também fez história foi a treinadora afeana Lindsay Camila, que se tornou a primeira comandante mulher a conquistar a Libertadores feminina. Esta é a 12ª edição do torneio, que começou em 2009.

Ferrinha em vantagem

A Ferroviária teve um início dos sonhos em Buenos Aires. Aos seis minutos, Sochor levantou bola na área do América de Cali e a goleira colombiana falhou, não conseguiu segurar e deu uma bela contribuição para abertura do placar. Guerreiras na frente!

Atrás do marcador, o América tentou pressionar a Ferrinha e adiantou sua marcação. O time da Colômbia apostou na velocidade da atacante Robledo e foi recompensado.

Aos 36, a camisa 7 disparou para área brasileira e sofreu falta de Yasmin. Pênalti. Na cobrança, Usme deslocou Luciana e marcou seu gol de número 29 em edições de Libertadores, igualando Cristiane como maior artilheira da história da competição. Tudo igual! 

O empate não diminuiu o ritmo da Ferrinha, que partiu para cima. Ainda antes do intervalo, Aline Milene fez jogadaça pela esquerda e foi derrubada. A arbitragem mandou seguir, e, na sequência, Lurdinha foi puxada na área. Desta vez, a árbitra marcou. Na marca da cal, Milene foi para a bola e recolocou as Guerreiras Grenás em vantagem.

América pressiona, Locomotiva se segura e conquista o bi!

Na volta do intervalo, a equipe colombiana se mandou para o ataque e, logo no primeiro minuto, quase chegou ao empate. González arriscou de longe e, caprichosamente, carimbou o travessão da goleira Luciana.

Com 'sorte de campeã', a Ferroviária se segurou como pôde e a trave voltou a se pintar de verde e amarelo. Aos 15, após bola lançada na área, Ospina bateu firme e acertou o poste esquerdo da Locomotiva.

Além da trave, a goleira Luciana também foi peça importante para segurar o resultado pra as brasileiras. Usme descolou lindo passe para González, que apareceu livre na área, mas parou em grande defesa da camisa 1 grená.

O sofrimento afeano para se manter na liderança do placar aumentou ainda mais nos minutos finais. Deixando a tática de lado, o Diabo Rojo foi para o tudo ou nada em Buenos Aires. Na melhor chance, Usme colocou bola na área, Castañeda ganhou da marcação e testou no travessão. De novo o travessão. Não teve jeito. Os deuses do futebol intercederam pela Ferroviária, bicampeã da Libertadores Feminina!