O projeto esportivo do Botafogo para a temporada 2020 foi um fracasso calamitoso. É difícil até listar com precisão todos os erros (se não quisermos escrever um livro sobre o desastre). Mas está claro que um dos maiores fracassos foi a procura por reforços "internacionais". Keisuke Honda e Salomon Kalou afundaram junto com o time.
Honda já saiu, e continua sem clube depois da transferência frustrada para o Portimonense. Kalou acerta os detalhes para a saída, e também terá de procurar casa nova. E nenhum dos dois deixará saudades em General Severiano.
A influência de japonês e marfinense na temporada alvinegra é quase nula. Ambos fizeram 27 jogos e conseguiram, somados, quatro gols (três de Honda), sem dar qualquer assistência.
Honda foi quem jogou mais tempo, apesar do mesmo número de partidas: o meia somou em campo 2038 minutos, contra 1269 do atacante. O desempenho também foi um pouco superior.
Quando jogou mais próximo do gol, Honda conseguiu ser mais participativo. Mas esteve longe de ser protagonista. Nem mesmo um bom coadjuvante: deixou o clube já na zona de rebaixamento do Brasileirão, em 18°.
Kalou, por sua vez, nem mesmo se firmou como titular. Das 27 partidas que fez, 14 delas entrou em campo como opção do banco de reservas. Em três das últimas seis partidas que foi relacionado nem saiu do banco. Nas outras três, somou apenas 24 minutos em campo.
Honda e Kalou jogaram juntos apenas 15 vezes. Somaram quatro vitórias e quatro empates, com sete derrotas. Trajetória curta, sem química, que naufragou junto com o time.