A nova realidade impõe desafios em todas as áreas. Na indústria do futebol, não é diferente. Clubes que estão acostumados a gastar milhões e milhões assim que abrem as janelas de transferências dessa vez optam pela austeridade. O mercado de janeiro vai ser diferente para alguns gigantes europeus.
Nesta quinta-feira, Hansi Flick, técnico do Bayern de Munique, deixou claro que o Bayern foi afetado financeiramente pela pandemia e não vai investir em reforços em janeiro.
"Deixa eu ser bem claro quanto a isso: a situação (da pandemia) afeta todos os clubes do mundo. Não é uma situação fácil com o corona. Gostaria de ser claro: não quero exigir novos jogadores. Sei a situação do Bayern, e sei que o momento é difícil. O elenco que temos atualmente será o elenco até o final da temporada", disse o comandante.
O discurso de Flick foi o mesmo de Jürgen Klopp, comandante do Liverpool, que também foi questionado sobre reforços na coletiva desta quinta-feira.
"Não posso dizer que definitivamente não vamos contratar ninguém, mas não é provável pela situação atual no mundo. Não podemos esquecer que a situação é dura para todo mundo. Para os clubes de futebol também", contou.
Bayern e Liverpool são apenas exemplos práticos do panorama atual em Alemanha e Inglaterra. E o quadro é similar em outras grandes ligas da Europa.
Na Espanha, a situação é idêntica no Real Madrid, acostumado a fazer grandes investimentos no mercado. Os Merengues sentem o impacto da crise financeira decorrente da pandemia do coronavírus, e não vão buscar nenhum reforço em janeiro.
No Barcelona, Ronald Koeman chegou a fazer uma lista com indicações para contratações, mas sabe que a situação financeira do clube é preocupante. "Se não pudermos trazer ninguém, trabalharei com os que aqui estão", projetou o holandês.
Trabalhando com o "novo normal", os clubes terão de ser criativos nesta janela. Contratações milionárias, que já não são tão frequentes na janela de inverno na Europa, dessa vez se tornarão ainda mais raridades.