A vitória do Palmeiras sobre o River Plate, fora de casa, por 3 a 0 na semifinal da Copa Libertadores pegou muitos de surpresa. E não é por acaso. Os comandados de Abel Ferreira bateram feitos raros com a goleada.
O River de Marcelo Gallardo é o clube mais temido da América do Sul nos últimos anos. Presente em cinco das últimas seis semifinais da competição (e com dois títulos pelo caminho), a equipe argentina não está acostumada a resultados dessa magnitude - pelo menos não de sofrê-los.
A primeira marca que chama a atenção da vitória do Palmeiras é que o 3 a 0 sobre o River representa a maior derrota em casa dos Milionários na Libertadores desde 1982. Naquele ano, o algoz também foi um clube brasileiro, o Flamengo de Zico.
E não é apenas o River Plate que não vê todo dia um clube brasileiro vencer na Argentina pela diferença de três gols. Na verdade, essa goleada se junta a outras três com as maiores já conquistadas por brasileiros no país vizinho. Além do já mencionado Flamengo de 1982, Cruzeiro em 2011 com 3 a 0 sobre o Estudiantes, e o Atlético Mineiro em 2013 sobre o Arsenal de Sarandí, por 5 a 2, são os únicos a conseguir tal façanha.
Por fim, se tratando de Palmeiras, a vitória representa muito também. Só em duas oportunidades o Verdão conseguiu uma diferença de três gols em partida válida por uma semifinal de Copa Libertadores. A primeira foi em 1961, quando goleou o Santa Fé por 4 a 1 - o Palmeiras avançou para a final, mas perdeu para o Peñarol.
A outra goleada do clube em semifinal de Libertadores, curiosamente, foi contra o próprio River Plate. Em 1999, a máquina palmeirense que contava com nomes como Marcos, Arce, César Sampaio, Alex, Zinho e Paulo Nunes bateu a equipe argentina por 3 a 0, em solo brasileiro, avançou para a final contra o Deportivo Cali e sagrou-se campeã. Bom presságio?