Seis anos e meio depois, Eduardo Vargas está de volta ao Brasil. O ex-atacante do Grêmio é reforço para Jorge Sampaoli no Atlético Mineiro, treinador com o qual compartilha belas memórias.
No dia 19 de outubro de 2011, nove anos atrás, o Brasil pôde conhecer melhor Eduardo Vargas pela primeira vez. O atacante marcou dois gols na histórica goleada da Universidad de Chile, de Jorge Sampaoli, sobre o Flamengo, no Maracanã, pela Copa Sul-Americana.
Campeão do Apertura e do Clausura no Chile e da Sul-Americana, da qual foi o máximo goleador, Vargas chegou a 30 gols em 50 partidas naquela temporada, sob o comando de Sampaoli. Foi a melhor de sua carreira.
Em 2012, foi atuar na Europa como contratação badalada do Napoli. Só que não vingou na Itália, com apenas três gols marcados ao longo de 28 partidas.
Vargas chegou a ser emprestado para o Grêmio, em 2013, na sua primeira passagem pelo futebol brasileiro. Não foi o que se esperava também: saiu do banco em cinco dos 37 jogos que fez, com desempenho irregular, nove gols e três expulsões.
Vargas passou a seguir por Valencia, Queens Park Rangers e Hoffenheim. Marcou 11 gols em 77 jogos, sem conseguir se firmar no continente Europeu.
Embora não tenha conseguido um grande desempenho na Europa, Vargas fez sucesso na seleção chilena, sendo novamente comandado por Jorge Sampaoli entre 2013 e 2015.
O atacante foi artilheiro e campeão duas vezes da Copa América e anotou 38 tentos em 92 jogos, sendo o oitavo jogador com mais partidas pela seleção e o segundo com mais gols.
O último clube de Eduardo Vargas antes do retorno ao futebol brasileiro e reencontro com Sampaoli foi o Tigres, do México. Desde 2016 no país, o chileno viveu de altos e baixos.
Duas vezes campeão do Apertura, uma do Clausura e duas Campeão dos Campeões do México, Vargas viveu sua grande temporada no país em 2018/19, com 17 gols em 49 jogos (média de 0,35 por partida).
Em 19/20, na temporada interrompida pela pandemia, Vargas chegou a ficar 12 partidas seguidas sem marcar e somou apenas seis gols em 24 jogos (média de 0,25).
A média foi ainda pior no atual Apertura: 0,21, com três gols em 14 partidas. Vargas foi titular apenas na metade dos jogos, e saiu do banco nas últimas cinco partidas que fez.
Atacante explosivo, marcado pelo forte arremate com a perna direita, Vargas não chega ao Atlético no melhor momento da carreira. Mas, a seu favor, apesar de não ter conseguido se firmar na Europa, tem um histórico vencedor, e goleador, em seu país, com boas lembranças compartilhadas com Jorge Sampaoli.