Vinícius Júnior jogou mal contra o Borussia Monchengladbach. Erros técnicos e tomadas de decisões equivocadas fizeram o brasileiro deixar o campo como um dos piores do time no empate em 2 a 2 pela Liga dos Campeões. Na Espanha, a atuação foi suficiente para fazer o brasileiro ir do céu ao inferno (mais uma vez).
Antes elogiado como um dos melhores do time, a salvação de uma equipe de pouca ousadia no terço final do campo, Vini foi arrasado pelas críticas na imprensa de Madri e também teria sofrido contestações do próprio elenco dos Merengues.
O Santiago Bernabéu é um lugar propício para que lendas sejam exaltadas de forma precipitada, mas também para vilões surgirem do nada. É lá que os exaltados passam a ser humilhados sem tempo de reação, sem chance de provar o contrário. E vice-versa. Do céu ao inferno em 90 minutos.
E os 90 minutos, para ser mais exato 70 minutos, que crucificaram Vinícius não foram mesmo bons. Mesmo sendo o jogador com o menor número de passes entre os titulares de sua equipe (28), Vinícius foi quem teve a menor taxa de acerto (71%). O brasileiro errou ainda os três arremates que tentou.
Foram erros de fundamento como estes que colocaram em dúvida o potencial de Vinícius desde seu surgimento, no Flamengo, até a sua mudança para Madri. No Real, o brasileiro já viveu de altos e baixos: começou acima da expectativa, depois teve momentos de oscilação e em seguida recuperou a confiança. Mas agora Vinícius está em baixa mais uma vez.
Titular em cinco das sete partidas que fez no ano, com três gols marcados, Vinícius precisa de regularidade. Para isso, tem de mostrar que evoluiu em seus erros mais capitais. Precisa de fundamento, de eficiência no último terço do campo. Precisa ser mais que o jogador que coloca fogo no jogo: precisa ser o jogador que decide os jogos. Para deixar de viver de altos e baixos no Santiago Bernabéu, e ficar de fato no céu, o brasileiro precisa exorcizar seus demônios em um novo inferno que promete chegar.
2-2 | ||
Marcus Thuram 33' 58' | Karim Benzema 87' Casemiro 90' |