O presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, concedeu entrevista coletiva nesta terça-feira. O principal assunto foi a venda do atacante Evanílson, negociado com o Porto, de Portugal. O dirigente explicou a negociação.
O presidente ressaltou que o jogador se sentiu desvalorizado pela gestão anterior do clube, que o manteve na base e não negociou um contrato profissional, e o empresário Eduardo Uram, representante de Evanilson, não quis negociar um novo acordo para o atleta nas Laranjeiras com a nova direção.
"A opção que o empresário nos deu foi: ele nos comunicou que o atleta já estava acertado com o Tombense e que o máximo que poderia fazer é emprestar por dois anos e deixar um percentual para o Fluminense. Em que pese ter o mecanismo de solidariedade da Fifa, que a gente teria direito de qualquer jeito como clube formador. O Tombense nos emprestou o jogador, mantivemos 10% de direitos econômicos e 20% de taxa de vitrine, o que dá 30% do resultado financeiro", explicou.
Emprestado até 2021, Evanilson recebeu propostas da Europa e quase foi vendido ao Crystal Palace, da Inglaterra, mas o destino do atacante acabou por ser o Porto, em Portugal. Bittencourt comentou a negociação.
"O jogador vinha sendo procurado por clubes, e a principal proposta que havia chegado foi do Crystal Palace. Era verdade que o clube tinha interesse, mas por questões da Liga Inglesa a gente conseguiria que ele ficasse até janeiro de 2021 aqui, e com a possibilidade de retornar se não conseguisse se inscrever lá. Pedi para ele ficar até o final da Copa do Brasil e do Brasileiro, os representantes tentaram e conseguiram isso com o Crystal Palace. Entretanto surgiu uma nova proposta do Porto, maior que a do Palace, e obviamente não tínhamos nenhum controle, fomos apenas informados da negociação", garantiu o mandatário.
"Só nos coube aceitar, já pegamos uma situação praticamente perdida. As pessoas me perguntam por que não renovou o contrato dele, essa decisão não cabe só ao clube, não existe renovação automática, tem um prazo determinado. Se houve algum equívoco, não estou acusando ninguém, são avaliações feitas e naquela época entenderam que ele não merecia um contrato mais longo. Se houve uma falha, foi antes da nossa chegada", completou.
Além da negociação por Evanilson, Mário Bittencourt falou também sobre as situações do zagueiro Luccas Claro e do volante Dodi. Ambos ainda não responderam a proposta de renovação do Fluminense.
"Já foram feitas propostas para ambos e não houve sequer contraproposta, ambos estão avaliando. A gente faz a proposta para que seja renovado, e o atleta junto com o estafe está avaliando, estamos aguardando resposta. Ambos têm contrato até o final do ano e possuem o direito de responder até o final do ano. Mas acredito que não passe de setembro, tivemos uma conversa com os representantes de que precisamos de uma resposta, porque caso optem em não ficar teríamos que buscar outro jogador para a posição", explicou Bittencourt.
"O Luccas Claro veio da Europa e fez um contrato mais curto conosco porque o jogador tinha interesse em retornar depois. Há uma multa a ser paga, mas só até o final do ano. O representante dele é muito correto, e até o final do mês dará uma resposta. E o Dodi a mesma coisa, um atleta que não vinha tendo um aproveitamento e passou a ter. A gente sempre imaginou que esse atleta pudesse ter uma performance e já vinha conversando durante a quarentena, antes dele iniciar os jogos finais do Estadual. Fizemos uma proposta na época, houve uma resposta, a gente fez uma nova, aí sim depois dos jogos, e essa resposta que estamos esperando até agora", completou.