Messi do Serrado, Luiz Fernando faz sucesso no Bahrein, mas pondera retorno ao Brasil

Luiz Fernando tem um apelido difícil de esquecer: Messi do Serrado. Destaque no Vila Nova e formado no Cruzeiro, o meia construiu carreira no futebol árabe, e hoje brilha no Bahrein. 

Luiz Fernando começou no profissional do Cruzeiro em 2008. No mesmo ano, se mudou para o Ipatinga para disputar o Campeonato Brasileiro pela primeira vez. Em conversa com a reportagem de oGol, o meia recordou o início de tudo. 

"Comecei no Cruzeiro, onde fiquei três anos e meio. Estava no grupo campeão mineiro em 2008, e logo em seguida fui emprestado ao Ipatinga. Pude jogar com grandes jogadores, enfrentar grandes times, isso para quem está começando é sensacional", começou a contar.

"Foi uma temporada inesquecível para mim! Lembro de enfrentar um grande time do Palmeiras. O jogador que mais me chamou a atenção foi o Valdivia, diferente demais! Foi bastante especial jogar contra Denilson, Marcos, o goleiro, o próprio Valdivia", completou. 

Após a passagem pelo Ipatinga, onde disputou também a Série B de 2009, Luiz Fernando voltou ao Cruzeiro, mas acabou não sendo aproveitado. O meia revela que esperava ter tido uma chance em Belo Horizonte. 

"Sem dúvidas esperava. Mas quando retornei em janeiro de 2010, meu contrato terminaria no fim do mês, aí meu empresário na época não acabou aceitando a proposta deles, e chegou ao fim a minha passagem por lá. Sempre terei um carinho especial pelo clube, clube que me formou, me deu a oportunidade de realizar meu sonho. Estou sempre acompanhando e na torcida".

O grande destaque de Luiz Fernando no Brasil foi em Goiânia. Com a camisa do Vila Nova, teve grandes atuações e começou a ser chamado de "Messi do Serrado", apelido que encara com bom humor. 

"No Vila eu tive um momento muito legal, fiz ótimos jogos, uma sequência boa e que me levou ao Figueirense. Na época, eu levei na brincadeira o apelido. Não sabia da dimensão, e pelo que o Messi se tornou hoje. Mas foi um momento bem interessante", comentou. 

Depois de defender o Vila e o Figueirense, Luiz Fernando teve sua primeira experiência internacional na carreira. Foi ao Dibba Al Fujairah, dos Emirados Árabes, e em seguida ao Al-Arabi, do Kuwait. 

"Se disser que foi fácil, não foi! Mas foi uma experiência maravilhosa, de jogar em ligas que estão crescendo a cada ano, estão trazendo jogadores e técnicos de alto nível, e foram lugares que depois que me adaptei, me dei muito bem. São países com suas peculiaridades, mas com um povo de um coração aberto", revelou. 

Sucesso no Bahrein

Quando voltou ao Brasil, Luiz Fernando rodou por oito clubes. Recentemente, o meia voltou a receber o convite para jogar no futebol árabe, e não deixou passar a oportunidade. Luiz Fernando atualmente defende o East Riffa, do Bahrein. 

"Desde que saí do Kuwait em 2014, eu tinha a intenção de voltar para o 'Mundo Árabe'. Apareciam algumas situações, mas não davam certo e tal, mas graças a Deus ano passado Ele abriu as portas para mim aqui, primeiro em relação ao salário. Não vou mentir, claro que não ganho aqui milhares, mas tenho uma tranquilidade para trabalhar, sei que no fim do mês, vou receber, e também a qualidade de vida. Estou bem, adaptado e feliz", garantiu. 

A atual temporada vem sendo artilheira para Luiz Fernando, que aproveita o bom momento com a camisa do East Riffa, atual terceiro colocado da Premier League do Bahrein. 

"Tenho para mim que até agora tenho feito uma temporada boa, graças a Deus, sou o artilheiro do time na liga, dei várias assistências, então eu estou em um momento bom", garantiu. 

Apesar do bom momento, e de estar adaptado ao futebol árabe, Luiz Fernando não rechaça um retorno ao futebol brasileiro em breve. 

"Se pintar alguma proposta que seja boa para mim no Brasil, eu penso direitinho! A liga termina dia 30 de junho, só que já tenho um pré-contrato assinado para próxima temporada. Como falei, estou muito bem e feliz aqui, mas chegando um proposta que seja bacana, eu quero sair.  Até porque quero voltar a jogar no Brasil, ou em uma outra liga mais competitiva".