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    Meia conta sua trajetória

    Início meteórico e recomeço: Carlos Eduardo passa carreira a limpo

    2020/08/11 08:59
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    Seleção Brasileira, experiência na Europa, títulos e lesões. Momentos que ajudam a resumir o que foi a carreira do gaúcho Carlos Eduardo Marques até aqui. Aos 33 anos, o jogador bateu um papo especial com a reportagem de oGol e passou a limpo os 15 anos de vivência no futebol profissional.

    O início da trajetória do meia foi de tirar o fôlego: de grande destaque da base gremista a titular em uma final de Libertadores. Tudo aconteceu muito rápido na vida do jovem franzino do interior do Rio Grande do Sul. 

    “No Grêmio foi tudo muito legal. Cheguei no clube aos 14 anos, me destaquei e com 18 já tive a oportunidade de estar no profissional, foi tudo muito rápido. Em 2007, consegui demonstrar um grande futebol junto a equipe, onde chegamos na final da Libertadores e sou lembrado pelos gremistas até hoje, o que me deixa muito feliz”, lembra. 

    Com apenas 20 anos, Carlos Eduardo foi desbravar o mundo. Já em evidência no Brasil, o jogador se transferiu para o até então desconhecido Hoffenheim, da Alemanha. Cadu lembra que, no início, foi criticado por sua escolha, mas acabou provando que foi para o lugar certo.

    “Eu tinha duas possibilidades na época: Benfica ou Hoffenheim. Daí perguntei para o meu empresário quem me queria mais, e ele disse que eram os alemães. Nós acreditamos no projeto que foi oferecido. Lembro que na época muitos me criticaram pela minha escolha, que estava indo para um time que não era conhecido, mas deu tudo certo. No meu primeiro ano na Alemanha, a gente já conseguiu subir o clube. Hoje o clube está bem, sempre brigando por vaga na Liga Europa... então foi uma boa escolha, tudo aconteceu como eu queria”, afirma.

    Entre gols e boas atuações, o brasileiro se manteve em alto nível no futebol alemão por três temporadas. O reconhecimento veio em 2009, quando o meia acabou convocado, à época, pelo técnico Dunga para amistosos de preparação da seleção brasileira para a Copa do Mundo da África, e, de quebra, ficou na lista de suplentes na convocação final para o Mundial. Sem dúvida, o ponto alto de sua carreira. 

    “Foi um momento especial. Lembro que estreei bem na minha primeira convocação nos jogos contra Inglaterra e Omã. Na época, me recordo que o Jorginho, auxiliar do Dunga, me chamou depois do jogo e elogiou minha participação, disse que entrei muito bem. Ali me senti orgulhoso e muito feliz. Depois, na convocação final para a Copa de 2010, acabei na lista de suplentes... é claro que a gente sonha em disputar um Mundial, mas me sinto realizado por poder ter chegado onde cheguei”, revela.

    Depois de algumas convocações e um bom destaque no cenário europeu, Carlos Eduardo partiu para mais um desafio. Custando expressivos 20 milhões de euros, o jogador se transferiu para o Rubin Kazan, da Rússia. Cercado de expectativa, o atleta estreou marcando gols, mas depois esbarrou no que seria o maior obstáculo de sua carreira: as lesões.

    O desafio das lesões

    “Criou-se uma expectativa muito grande, até mesmo pelo valor que foi investido na minha contratação. Eu cheguei lá e já fiz dois gols na estreia, então a expectativa cresceu mais ainda. Só que, infelizmente, depois de alguns jogos eu comecei a ter problemas no joelho, uma tendinite muito forte, que acabou me deixando mais de um ano parado. Depois dali tive muitas dificuldades e não consegui voltar a ter sequência. Gostaria de ter dado mais ao Rubin, pois foi um clube que me acolheu enquanto estive lá”, confessa. 

    Acometido por lesões e sem conseguir ter a sequência esperada, o meia decidiu tomar uma atitude. Em 2013, conseguiu a liberação do clube russo e optou pelo retorno ao Brasil. Na época, abriu-se uma grande concorrência pela contratação do jogador, que, entre os candidatos, escolheu o de maior torcida: o Flamengo. De forma franca, Carlos Eduardo listou uma série de fatores que o prejudicaram em sua passagem pelo rubro-negro. 

    “Jogar no Flamengo foi uma escola. No começo, não me dediquei ao todo a esse clube; pequei um pouco, principalmente no fator extra-campo, e isso me atrapalhou. Eu, particularmente, fiz alguns jogos bons, conquistei títulos, mas já era tarde. Faltou dedicação, a torcida pegou bastante no pé... mas no geral posso dizer que foi bom. O Flamengo foi clube um que aprendi a gostar. Sou gremista de coração, mas digo hoje que o segundo time que torço é o Flamengo”, garante. 

    Fora dos planos da equipe carioca em 2014, Cadu retornou para o Rubin Kazan, onde, enfim, conseguiu ter uma sequência positiva de jogos. Após duas temporadas regulares, o jogador voltou a ter o Brasil como destino, mais precisamente no Atlético Mineiro

    “No Atlético, o grupo era muito forte, havia muita disputa por posição, houve trocas de técnico... Comecei bem, mas acabei tendo poucas oportunidades. Aí optei por rescindir o contrato”, conta.

    Depois do Galo, Carlos Eduardo passou por Vitória, Paraná e Coritiba, mas as lesões, sempre elas, acabaram por atrapalhar seu desempenho. No Coxa, em 2018, o pior momento. Durante um treinamento, o meia travou o tornozelo no gramado e sofreu uma lesão grave. A tristeza e a decepção foram inevitáveis. 

    “Foi a lesão mais dolorosa para mim. Naquele momento passou um filme na minha cabeça. Eu não conseguia acreditar que estava acontecendo de novo comigo. Nesta situação, a gente começa a pensar em um monte de coisas. Foi um momento muito triste. Mas graças a Deus tive minha família, meus amigos e as pessoas do Coritiba que me ajudaram muito. Foi difícil, mas fiz um belo tratamento e consegui passar por cima disso”, completa.

    Ao término do contrato com os paranaenses, em junho de 2019, o meia começou a treinar individualmente com personal à espera de uma nova oportunidade. Um ano depois, surgiu o convite do Juventude, uma grande oportunidade para um recomeço, mesmo que aos 33 anos.

    “Foi uma conversa muito legal que eu tive com o Juventude, eles depositaram uma confiança muito grande em mim e eu topei. É claro que ainda preciso de alguns reforços musculares pelo tempo que fiquei parado, mas estou confiante. Neste recomeço, estou motivado, focado e trabalhando forte. E quando essas coisas se unem, a tendência é dar certo”, finaliza.

    Experiente, mas com motivação de um garoto, Carlos Eduardo tem contrato até o fim da Série B do Brasileiro com o clube da Serra Gaúcha. Apesar da idade e do histórico de lesões, o meia não pensa em encerrar a carreira e garante que vai seguir se cuidando para “jogar mais alguns anos pela frente”.

    Brasil
    Carlos Eduardo
    NomeCarlos Eduardo Marques Carlini
    Data de Nascimento/Idade1987-07-18(36 anos)
    Nacionalidade
    Brasil
    Brasil
    PosiçãoMeia (Meia Ofensivo) / Meia (Meia Direita)

    Fotografias(6)

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    Série B
    Bom início de Série B
    Em um duelo animado no OBA, com boas chances dos dois lados, o Vila Nova mostrou mais eficiência e superou o Guarani, por 2 a 0, para começar a Série B com vitória. 

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