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Novo técnico foi apresentado

Domènec agradece a Guardiola, cita similaridade com Jesus e projeta Fla ofensivo

2020/08/03 13:41
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O Flamengo apresentou nesta segunda-feira (03) seu novo técnico: Domènec Torrent. Apresentado por Marcos Braz como um treinador vitorioso, "acostumado a estourar champanhe nos vestiário", o espanhol garantiu querer dar sequência ao trabalho de Jorge Jesus na Gávea, com um Flamengo ofensivo. 

"Todos sabem que tenho uma filosofia muito similar ao treinador que estava trabalhando. Gosto do jogo ofensivo, prefiro ganhar de 4 a 3 do que 1 a 0. É importante para o Flamengo ganhar, ganhar e ganhar, mas para mim também importante como ganhar, não só ganhar. Na minha cabeça é importante para a torcida ser feliz. Um futebol ofensivo, bonito e ganhador. Essa é minha filosofia, por isso sou técnico. Muito ofensivo, ter a bola e ser protagonista. É o que tem que fazer quando se está num grande clube", revelou. 

Era o intuito da diretoria flamenguista buscar um treinador que desse sequência ao trabalho de Jorge Jesus. Torrent segue essa linha, apesar de ainda não ter uma carreira recheada de títulos como treinador. Como auxiliar, ganhou tudo com Pep Guardiola, e fez questão de agradecer ao seu compatriota. 

"Quero agradecer a Pep Guardiola. Foi muito importante esses dez anos de trabalho (como auxiliar). Todo mundo sabe que quando se está com o melhor do mundo, se aprende muito", declarou o novo comandante flamenguista. 

Torrent diz conhecer o elenco rubro-negro por já ter acompanhado alguns jogos do time na temporada passada. "Vi muitos jogos do Flamengo, tenho claro como jogava Jesus e como eu quero jogar. O mais difícil quando você é vencedor é ser vencedor novamente. Estamos aqui para que o Flamengo seja vencedor por muitos anos. O mais importante é um projeto ganhador que dure muito tempo no Flamengo", fez questão de ressaltar. 

O espanhol garantiu ter recebido propostas da Europa e da América do Norte, mas o chamado rubro-negro o balançou. "Quando se fala na Espanha de clubes brasileiros, o primeiro que se tem à cabeça é o Flamengo. Então quando me falaram do Flamengo eu disse 'para tudo, primeiro é o Flamengo. Se a coisa for adiante teremos um bom processo com o Flamengo, é minha primeira opção 100%'", revelou. 

Confira outros trechos da entrevista: 

Como jogará o Flamengo? 

"Nós precisamos de tempo, cada treinador precisa de tempo. Para mim estilo não é formação no campo, 4-4-2, 4-3-3... Estilo é se quer jogar com a bola, se é ofensivo, se é ganhador no campo. Creio que seja impossível estar no Flamengo e não ser ganhador, porque isso está na alma, no sangue, não? Vamos colocar o que somos, mas temos que respeitar muito o trabalho que foi feito com os jogadores, é importante mudar pouco a pouco. Não chegar como um elefante entrando num lugar pequeno e estragar tudo, porque o trabalho do Jesus foi fantástico. Temos que aproveitar esse trabalho e melhorar um pouco com nossas próprias ideias, por isso estamos aqui. Se formos capazes de aproveitar o bom trabalho de Jesus e o bom trabalho nosso vamos fazer o melhor Flamengo". 

Preocupado com o calendário brasileiro? 

"Quando trabalhei com Barcelona, Bayern e Manchester City foi a mesma coisa. Jogamos cada semana três jogos, o mesmo que vai acontecer com o Flamengo. Estou acostumado a jogar partidas a cada dois, três dias. O mais importante são as primeiras semanas, minha comissão observar como estão os jogadores. Nos últimos dez anos da minha vida tive jogos a cada dois, três dias. Não vim aqui de férias, e gostaria, porque é muito bonito. Vim trabalhar muito duro com minha comissão". 

Reencontro com Rafinha... 

"O Rafinha é muito generoso. Foi muito importante no Bayern de Munique e no Schalke, muito importante na Bundesliga, no futebol alemão. Fazem quatro anos que não falo com ele, mas profissionalmente tenho muito respeito, porque o que demonstrou na Alemanha é que é um ganhador. Uma pessoa muito importante, muito respeitada na Europa. Estou ansioso para poder trabalhar novamente com ele". 

O que pode acrescentar ao futebol brasileiro e o respeito aos técnicos daqui

"Sei que não é fácil para outras pessoas entenderem quando técnicos estrangeiros trabalham em outro país. Eu respeito muito os técnicos brasileiros, há grandes aqui. Acredito que o técnico europeu pode acrescentar coisas diferentes, viemos para somar ao grande clube que é o Flamengo. Creio que o treinador brasileiro é muito respeitado fora daqui, me lembro do Felipão, do Luxemburgo no Real Madrid, que fizeram grandes trabalhos. Não é uma questão sobre técnico estrangeiro ou brasileiro, todo técnico tem suas próprias ideias. Na Europa se joga mais rápido que aqui. Acredito que o brasileiro é muito respeitado em todo mundo. O projeto do Jorge Jesus foi ganhador, isso abre portas. Estamos muito felizes de estar aqui. Todo técnico tem suas ideias, temos que respeitar muito os técnicos brasileiros". 

Pressão da torcida

"Normalmente em todos os países acontece o mesmo. Quando se ganha você tem o apoio da torcida, quando não, você tem o outro lado dos torcedores, dos jornalistas. Todos querem ganhar, todas as equipes que trabalhei antes teve pressão. Barcelona, especialmente no Bayern de Munique, Manchester City em alguns momentos... Sabemos como funciona o futebol, não no Brasil, não no Flamengo, mas em toda parte do mundo. Quando ganha é bem visto, quando não ganha todos têm dúvidas. Isso é normal".

As diferenças do jogo na Europa e aqui

"No futebol europeu se joga mais rápido que no Brasil. No Brasil é muito técnico. Ultimamente acredito que tenha mudado, muito estádios estão melhores, o que é muito importante para o espetáculo. A grande diferença pode ser a velocidade, o ritmo de treinamento forte, mas o jogador brasileiro está acostumado a jogar assim. No Barcelo vimos jogadores brasileiros, em Bayern, Rafinha e Dante, no City, Fernandinho, Gabriel Jesus... São capazes. Muitos pensam que o jogador brasileiro toca muito a bola, gosta de jogar mais lento. Eu não concordo. Acho que o jogador brasileiro pode jogar de qualquer maneira porque tem muita qualidade. No Brasil você pode jogar rápido como na Europa, é minha ideia. Rápido quer dizer se pode jogar a dois toques, não jogar a três, se pode jogar com três toques, não jogar com quatro. Dar velocidade sendo muito ofensivo". 

Futuro longo na Gávea?

"Gostaria de ficar por muitos anos aqui no Rio com o Flamengo, isso quer dizer que quero ganhar títulos para o clube, que os dirigentes estejam felizes, os torcedores muito contentes, e eu também. Não estou aqui para ficar um, dois anos com sucesso e sair. Hoje, quando estou feliz num lugar, quero ficar dois, três, quatro anos, que quer dizer que ganhamos".

Veja o vídeo da coletiva: 

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