O São Paulo era favorito absoluto nas quartas de final do Campeonato Paulista, contra um Mirassol desfigurado pela pandemia. A derrota por 3 a 2 caiu como uma bomba no Morumbi, elevando a pressão no clube a novos patamares, principalmente sobre o técnico Fernando Diniz. E o treinador reconheceu ter dificuldade para entender.
Para Fernando Diniz, o São Paulo trabalhou pouco a parte tática no pós-pandemia, mas esse problema poderia ter sido contornado. O que o treinador não compreende e a falta de intensidade da equipe.
"Taticamente, jogar contra linha baixa é difícil e sempre foi difícil. Só que a gente voltou diferente na dinâmica do time, no ritmo, saber atacar por dois lados, de ter mais profundidade. Voltamos um time mais fácil de ser marcado. É uma coisa que temos de trabalhar incessantemente. Os dias em que tivemos na pré-temporada tentamos dar uma carga física e técnica nos jogadores, e faltou um pouco mais da parte tática. Mas esse não foi o principal problema. Jogamos com uma apatia que a gente não podia ter jogado, nem no jogo contra o Red Bull e tampouco neste contra o Mirassol", lamentou.
"Não é uma coisa fácil de explicar. A gente parou de uma forma e voltou de uma forma totalmente diferente. Quase que o oposto. Era um time que tinha conexão com o torcedor, entre nós mesmos, jogo que fluía, criava muitas chances de gols, chegava fácil pelos dois lados do campo, que oferecia poucos contra-ataques, que era muito atento. A gente retomou de uma forma muito diferente daquilo que parou", completou.
Pressionado, Diniz não está de imediato ameaçado no cargo, mas a eliminação torna os próximos passos mais difíceis para o técnico.
"Não estou preocupado em ter paz, mas em trabalhar. Tem que saber sofrer, aprender com a derrota, não ficar lamentado", defendeu.
2-3 | ||
Pablo 36' Vitor Bueno 37' | Zé Roberto 20' 32' Daniel Borges 80' |