O Manchester City começou a semana da melhor forma possível. Depois de goleada na Premier League, o clube recebeu a notícia de anulação da pena que o impedia de disputar a Liga dos Campeões nas próximas duas temporadas. Uma vitória fora de campo que influencia de forma direta o mercado da bola, que terá os Citizens entre os protagonistas.
Não é segredo para ninguém que o mercado para o Manchester City seria bem mais contido sem a Liga dos Campeões, afinal, a projeção era de que o clube deixaria de ganhar mais de R$1 bilhão pela ausência no torneio. Com a presença confirmada depois de decisão do Tribunal Arbitral do Esporte, a diretoria já pode se movimentar para reforçar o time. O primeiro passo passa pelo comando técnico: Pep Guardiola precisa confirmar que fica.
O contrato entre Guardiola e City é válido até 2021 e o técnico dificilmente não o cumprirá. A dúvida que havia era justamente por conta da Liga dos Campeões, e a expectativa é que o espanhol siga no comando, embora uma renovação por mais tempo seja improvável - nem na sua "casa", em Barcelona, o treinador optou por estadia mais longa. Em sua provável última temporada, o técnico deverá ter um orçamento generoso para contratar, e as prioridades são conhecidas.
Defesa é o maior desafio
A queda de rendimento defensiva do Manchester City de 2018/19 para 2019/20 foi visível e deixou o clube longe do Liverpool na disputa pelo topo da tabela na Premier League. A falta de um substituto à altura depois da saída do ídolo e líder Vicent Kompany se mostrou um problema maior que o previsto inicialmente, ainda mais por conta do desfalque de Aymeric Laporte na maior parte da temporada. É praticamente uma unanimidade que Nicolás Otamendi e John Stones não estão no mesmo nível de Kompany e Laporte, com críticas fortes principalmente ao desempenho de Stones, que pode acabar sendo negociado ao fim da temporada em busca de mais minutos. Não por acaso, reforçar a defesa é a prioridade.
O principal alvo de Guardiola também é conhecido: Kalidou Koulibaly. O problema é que o zagueiro do Napoli é avaliado em cerca de 100 milhões de euros. Um montante assustador se considerarmos que o jogador senegalês tem 29 anos. Fora isso, o Liverpool também teria interesse no atleta. Além de Koulibaly, o City vem observando nomes para o setor e pode trazer dois novos zagueiros para 2020/21, ainda mais se John Stones decidir sair.
Ainda na defesa, Benjamin Mendy vive de altos e baixos e a expectativa é que o City busque um lateral esquerdo mais confiável. Zinchenko, de 23 anos, seguirá como uma opção para rotação. O nome mais comentado para o setor é Ben Chilwell, do Leicester, porém o Chelsea é um concorrente de peso pela contratação, que pode acabar por inflacionar. No lado direito, João Cancelo também falhou em convencer e pode ser usado como moeda de troca, com um acordo com o Barcelona por Nelson Semedo despontando sempre nos rumores de mercado.
Segundo o jornal Telegraph, o City ainda deve ter um reforço para o meio-campo e outro para o ataque. Em ambos os casos, para repôr perdas. As saídas de David Silva e Leroy Sané, e o fato de Fernandinho, com 35 anos, estar no fim do contrato (e na reta final da carreira), forçam o clube a agir. Phil Foden parece preparado para cumprir o papel de Silva, e o setor ofensivo não preocupa exatamente Guardiola, mas já se pensa a longo prazo. Inclusive, para um futuro sem Sergio Agüero.