O Vasco segue 100% desde a volta do futebol carioca. Em dois jogos distintos, o Cruz-Maltino foi testado e saiu vitorioso. Contra o Macaé, uma partida mais aberta, e diante do Madureira, um jogo mais truncado, com o adversário entrincheirado na defesa. As variações de circunstâncias evidenciaram uma nova cara do Gigante da Colina, agora capitaneado pelo ex-jogador e ídolo do clube, Ramon Menezes.
Para se ter uma noção, antes da paralisação do futebol por conta da pandemia do novo coronavírus, sob o comando de Abel Braga, o time de São Januário fez 14 partidas e venceu apenas quatro. Tudo isso com um agravante: o time marcou apenas oito gols neste período, protagonizando um dos piores aproveitamentos da história do clube no Estadual.
Bastaram 180 minutos para o Vasco esboçar uma mudança desta realidade. Na reestreia contra o Macaé, a equipe vascaína chegou a empolgar a torcida e parte da imprensa. Com muita intensidade e velocidade pelos flancos, o Cruz-Maltino não encontrou dificuldades para superar o adversário, com três gols ainda na primeira etapa.
Apesar de ainda depender muito de German Cano, autor de 75% dos gols do clube no ano, Ramon aumentou o leque de possibilidades para o ataque. Com trabalho de construção de jogo e a velocidade nas pontas, com Talles Magno pela esquerda e Vinícius pela direita, o novo perfil vascaíno dá sinais de um time mais agressivo.
Além da diversidade na movimentação ofensiva, que ainda conta com trocas constantes de posicionamento de Yago Pikachu e a aproximação de Andrey, o 'novo Vasco' também apresenta novidades no setor defensivo.
No duelo diante do Madureira, o novo comandante vascaíno mandou a campo uma linha com três defensores, utilizando lateral esquerdo Henrique para composição da linha, dando mais liberdade para os homens de meio sem perder compactação.
É cedo para saber até onde vai a evolução cruz-maltina na temporada, mas é possível afirmar que Ramon Menezes, ao menos neste início de trabalho, tem conseguido colocar suas ideias em prática.