Ao que tudo indica, Neymar terá de se contentar com mais um ano no Paris Saint-Germain por conta da crise provocada pela pandemia. A não ser que o clube francês aceite trocas: e é esse o único caminho que pode levar ao retorno do brasileiro ao Barcelona.
Muito tem se falado sobre a busca do Barcelona por reforços para o ataque, com Lautaro Martínez como principal alvo pela necessidade de um substituto à altura para Luis Suárez. Neymar é o outro nome na mesa desde a temporada passada. No entanto, a realidade financeira atual do clube torna difícil qualquer uma das negociações e assinar com apenas um deles já será considerado um grande feito por lá.
No último mercado de versão europeu, o Barcelona não conseguiu atender às exigências financeiras do PSG e tentou, sem sucesso, oferecer jogadores em troca. Nada mudou. Ou melhor, mudou para pior. A situação financeira do Barça é pior do que a do ano passado, e a instabilidade política aumenta ainda mais a pressão sobre o clube. As trocas seguem por ser o único caminho viável.
Nesta sexta-feira o jornal catalão Mundo Deportivo destaca a "via francesa" como alternativa para resolver a situação. No caso, Dembélé, Umtiti e Todibo seriam as cartas do Barcelona.
O que pode levar o PSG a mudar de ideia é o desejo de aumentar o número de franceses no elenco. Campeão mundial com a França, Dembélé é o nome mais valorizado desta lista, e perderia espaço no Barça com a chegada de Neymar. Fora isso, o clube espanhol precisaria abrir também espaço no orçamento reservado aos salários para pagar os vencimentos do brasileiro, e Dembélé ou outro nome do primeiro time teria de sair.
Umtiti é outro nome campeão do mundo com a França em 2018 e com bom valor de mercado, embora em baixa no Barcelona nas duas últimas temporadas. Com Thiago Silva em fim de contrato e sem acordo por renovação, o zagueiro francês de 26 anos seria boa opção em Paris, quase 10 anos mais novo que o brasileiro capitão do PSG. Já Todibo, de 20, seria uma aposta no futuro.
Aos 28 anos, com três de PSG, Neymar pode se ver obrigado, a contragosto, a passar os anos que normalmente correspondem ao auge da carreira de um atleta em Paris. Um preço a pagar por ter optado pelo time francês na transferência mais cara da história.