O Atlético Goianiense iniciou a temporada impressionando a todos pelos números. Com um futebol ofensivo sob o comando de Cristóvão Borges, o Dragão acumulou cinco vitórias nos primeiros seis jogos. Foram 14 gols marcados e apenas dois sofridos.
Pouco depois, porém, bastaram dois empates para a diretoria rubro-negra optar por demitir o treinador, alegando que a metodologia de trabalho de Cristóvão não foi de encontro com a filosofia de trabalho atleticana. A decisão dos dirigentes do clube goiano causou estranheza em grande parte da imprensa nacional, mas não dos que conhecem de perto a figura de Adson Batista, presidente do clube.
Para Adson, a postura do Atlético em algumas partidas não refletiu o que ele espera de time futebol. Segundo o cartola, faltou cobrança e mais atitude dos jogadores após dois jogos sem vitória no Campeonato Goiano. O que acabou caindo na conta da comissão técnica.
No lugar de Cristóvão Borges, assumiu o auxiliar da comissão permanente Eduardo Souza, que assumiu pela segunda vez a equipe desde que chegou em Goiânia. A partir daí, a equipe rubro-negra não perdeu. Ao todo, antes da paralisação, foram quatro vitórias e um empate.
Taticamente pouco mudou a estrutura do Atlético. O que mudou foi a ideia do jogo. A intensidade nas transições e a consistência defensiva tornaram-se prioridade do novo comandante. Para se ter uma ideia, o Atlético Goianiense possui a melhor média defensiva entre todos os clubes que disputarão a Série A. Em 13 jogos disputados, o Dragão sofreu apenas quatro gols. Uma média de 0,30 gols sofridos por jogo.
Mesmo com grandes números na temporada - tanto ofensivos quanto defensivos - o Atlético Goianiense ainda possui fragilidades que preocupam. Durante grande parte das partidas no ano, seja no Goiano ou na Copa do Brasil, a equipe apresenta queda brusca de intensidade, fator que ainda não trouxe grandes prejuízos, mas pode vir a trazer contra adversários de níveis mais elevados.
Sabe-se que o Campeonato Goiano não é parâmetro para a disputa do Brasileirão. Por isso, o Dragão ainda precisa de reforços de maior quilate para reforçar seu elenco e aumentar a competitividade da equipe. Diante deste quadro, os números e a regularidade defensiva seguem como trunfos do Rubro-negro para permanecer, sem correr riscos, na elite do futebol brasileiro.