O Boca Juniors viu o grande rival, River Plate, dominar a América nos últimos cinco anos. Foram duas taças da Libertadores (uma em cima dos Xeneizes, em 2018), um vice, e uma semifinal em 2017. No ano passado, mais uma derrota para o histórico rival, desta vez nas semifinais.
Mas impulsionado por Carlos Tevez e Eduardo Salvio, o Boca parece estar mais forte na busca para espantar os fantasmas recentes. Depois do título argentino na última rodada desbancando o grande rival, com o gol decisivo marcado por Tevez, o time de Miguel Angel Russo teve uma bela atuação pela Libertadores.
Em La Bombonera, Salvio abriu o caminho para a vitória diante do Independiente de Medellín, na Colômbia, com dois gols, na vitória por 3 a 0. Na temporada 2019/20, já que a Argentina possui calendário alinhado ao futebol europeu, o meia ex-Benfica soma nove gols.
No entanto, destes nove tentos, seis ocorreram nos últimos cinco jogos, mostrando a grande fase do atleta de 29 anos. Salvio deu início a esse momento com um gol diante do Central Córdoba, marcou dois gols diante do Godoy Cruz e um contra o Colón, todos pelo Campeonato Argentino.
Já o momento de Tevez é ainda mais impressionante. Depois de um início titubeante, o craque de 36 anos voltou a ser decisivo. Nos últimos nove confrontos, Carlitos deixou sua marca em sete oportunidades, com destaque para os dois tentos contra o Central Córdoba e o gol do título do campeonato argentino, sobre o Gimnasia.
Também no nacional, ficou ainda mais visível a importância dessa dupla. Tevez e Salvio tiveram participação em 57% dos gols do Boca na competição, seja com gols ou assistências.
Jejum na Liberta
Segundo maior campeão da história da Libertadores, com seis troféus, o Boca não vence o torneio sul-americano desde 2007. De lá para cá, os Xeneizes fizeram três semifinais, em 2008, 2016 e 2019, e caíram na já citada final para o River em 2018. Muito pouco para um clube acostumado com as glórias na América do Sul. Quem sabe agora, com essa dupla em alta, o clube não pode voltar a sonhar...