Em noite de homenagens a Espinosa, Botafogo marca no fim e vence Boavista

A noite foi marcada pela saudade no Nilton Santos. Com muitas homenagens a Valdir Espinosa, que faleceu nesta semana, o Botafogo estreou na Taça Rio, segundo turno do Campeonato Carioca. Diante do Boavista, o Alvinegro encontrou dificuldades, foi dominado em muitos momentos, mas, com gol de Bruno Nazário nos acréscimos, venceu por 2 a 1.

Com o triunfo, o Glorioso soma seus primeiros pontos e já terá um clássico pela frente na segunda rodada. No próximo sábado, o time comandado por Paulo Autuori terá pela frente o Flamengo, no Maracanã.

Reativo, Botafogo sai na frente

O domínio foi do Boavista nos primeiros minutos de partida. O time de Saquarema, mesmo fora de casa, impôs seu ritmo e manteve a bola, boa parte do tempo, no campo ofensivo.

Do outro lado, por sua vez, o Botafogo adotou uma postura mais reativa, utilizando a velocidade nas transições ofensivas. Tanto que a primeira boa chegada foi alvinegra. Aos dez, Luis Henrique recebeu com espaço pela direita e serviu Alex Santana, que acabou mandando por cima.

O domínio territorial visitante se tornou inofensivo. O tempo foi passando e o Glorioso, mesmo com menos posse, seguiu sendo mais perigoso. Até que aos 25, Rafael Navarro foi acionado pela esquerda, abriu espaço e bateu firme. Klever deu rebote, e Luis Henrique aproveitou para servir Alex Santana, que, desta vez, pegou na veia e mandou na gaveta. Um belo gol, que abriu o placar para os botafoguenses.

Após o gol marcado, o time comandado por Paulo Autuori passou a equilibrar as ações e quase marcou o segundo. Após cruzamento da esquerda, Bruno Nazário testou e parou em Klever. No rebote, o meia voltou a para na defesa do goleiro. Na terceira chance, o camisa 10 exagerou na força e mandou pela linha de fundo. Incrível.

Passado o baque do tento sofrido, o Boavista voltou a ter um bom volume ofensivo e esteve muito próximo do empate. Em cobrança de falta na intermediária, Jean Victor bateu colocado e carimbou o travessão de Gatito. O troco veio no contra-ataque. O jovem Luis Henrique escapou pela esquerda, passou por dois, mas parou em nova defesa do goleiro visitante.

Glorioso leva empate, mas Nazário salva no fim

Na volta do intervalo, o Botafogo foi para cima e chegou a marcar o segundo com o estreante Gabriel Cortez, mas o equatoriano estava em posição de impedimento. Nada feito. Pouco depois, Danilo Barcelos arriscou de muito longe em cobrança de falta e exigiu boa defesa de Klever.

A resposta do Verdão de Saquarema foi letal. Aos cinco, Jefferson Renan fez boa jogada pela meia direita e serviu Wellington Silva. O lateral cruzou bonito e encontrou Michel. O camisa 23 cabeceou para o chão e o quique da bola enganou Gatito, que acabou aceitando. Tudo igual no Nilton Santos.

Não parou por aí. O empate trouxe ainda mais motivação para o time visitante, que passou a pressionar a saída de bola alvinegra. Em bela trama da direita para esquerda, Michel recebeu com espaço e bateu cruzado. O goleiro paraguaio fez a defesa e, no rebote, Erick Flores acabou colocando a mão na bola.

Por mais incrível que possa parecer, o Bota só conseguiu ser efetivo diante do Boavista quando se fechou e jogou pelos contra-ataques. Foi assim que aos 33, Luis Henrique deixou Luiz Fernando na cara do gol. O meia até tirou do goleiro, mas faltou força. A zaga visitante chegou para cortar.

Quando o confronto caminhava para o empate, eis que Luis Henrique recebeu belo passe pela direita, balançou para cima da marcação e deu lindo passe para Bruno Nazário, que, com um toque de categoria, garantiu a vitória alvinegra no Nilton Santos.