Duelo com Real decisivo para futuro de Guardiola, e do City

Pep Guardiola surpreendeu há duas semanas atrás ao admitir a possibilidade de demissão no Manchester City, algo que parecia impensável considerando o seu histórico vitorioso no clube inglês. O cenário mudou rapidamente. Nesta quarta-feira, prestes a encarar o Real Madrid pelas oitavas de final da Liga dos Campeões, o City de Guardiola vive um clima de incertezas sobre o futuro, e o confronto ganhou um peso ainda maior do que o esperado.

Quando deu as declarações questionando sua continuidade, Guardiola supostamente não sabia da punição que seria divulgada dias depois, confirmando a exclusão do Manchester City das duas próximas Ligas dos Campeões. O discurso do técnico tinha como principal tema um novo fracasso no torneio, principal objetivo do clube desde a contratação do espanhol. A suspensão, por acusação de fraude fiscal para "driblar" o Fair-Play da Uefa, mergulhou o clube em uma nuvem de indefinições.

O Manchester City ainda vai recorrer ao Tribunal Arbitral do Esporte (CAS-TAS) para tentar reverter a pena pesada. No entanto, caso não tenha sucesso, terá uma queda brusca de rendimentos nos próximos anos sem a Liga dos Campeões. Fora isso, será mais difícil manter o elenco de estrelas, e ainda mais difícil contratar jogadores de renome dispostos a abrir mão de dois anos da principal competição da Europa.

Em meio ao caos, Guardiola e o City terão um desafio considerável na Liga dos Campeões atual, contra o maior campeão do torneio, o Real Madrid. Uma derrota pode alargar a seca do City para mais três anos, se a punição for confirmada em última instância.

Com a Premier League nas mãos do Liverpool, o Manchester City já encarava a Liga dos Campeões com um peso ainda maior que o habitual. Agora, por mais que tente negar, Guardiola sabe que o confronto se tornou ainda mais importante para o seu futuro, e o dos Citizens.