Rodriguinho voltou aos gramados pelo Cruzeiro depois de praticamente oito meses sem jogar. Mas o meia dificilmente seguirá vestindo a camisa celeste por muito tempo. Em declarações depois da vitória por 2 a 0 sobre o Boa Esportes, o jogador mostrou pessimismo sobre um acordo com o clube.
O Cruzeiro buscou Rodriguinho no Pyramids FC, do Egito, em 2019, e para convencer o atleta a retornar ao Brasil ofereceu um salário na casa dos R$ 800 mil, um dos mais altos do elenco. O investimento rendeu pouco retorno em campo, já que o meia acabou afastado de metade do ano por conta de problemas físicos. De volta à atividade em 2020, Rodriguinho se colocou a disposição para já e até mostrou disponibilidade para reduzir seus vencimentos, mas não a ponto de aceitar o que lhe foi oferecido: o teto salarial atual é de R$ 150 mil.
"É difícil o momento que o clube vive, mas temos um contrato. Teoricamente, eles têm que cumprir. Vamos ver o que vai ser melhor para mim, para o Cruzeiro e vamos chegar a uma definição o mais rápido possível. Possibilidade sempre existe, mas tem que ver o clube está disposto a fazer, o que estou disposto a aceitar", explicou, sem mostrar muita confiança no acerto.
"Se a proposta do Cruzeiro tivesse me agradado, a gente já teria resolvido. Estamos tentando chegar em um ponto comum", reconheceu.
Rodriguinho, que ainda tem salários de 2019 para receber, considera "complicado" as partes se entenderem, por conta do momento financeiro ruim do Cruzeiro. Seja qual for o desfecho, o meia quer resolver isso rápido e espera que a situação não se arraste por mais de duas semanas.
"Eu também entendo o lado do clube, da dificuldade que está tendo de reconstruir, tanto que todos acompanham a situação complicada. Espera, nessa semana ou na próxima no máximo, resolver tudo isso", disse.