Bill acordou mais leve nesta quinta-feira. Promessa da base do Flamengo, com multa de rescisão milionária na casa dos 50 milhões de euros, o atacante finalmente marcou o seu primeiro gol como profissional, representando a Ponte Preta na Série B. E não escondeu a emoção por isso.
O sucesso na base nem sempre reflete em sucesso entre os profissionais, e as altas expectativas muitas vezes ainda aumentam a pressão sobre os atletas. Campeão da Copinha em 2018 com o Flamengo, Bill teve poucas oportunidades na equipe principal e foi emprestado para a Ponte, onde ainda busca seu espaço. O gol na goleada de 4 a 0 sobre o Brasil de Pelotas foi um peso tirado das costas.
"Eu me emociono porque lembro do meu pai, da minha mãe... Só Deus sabe o que eu passei aqui nesses cinco meses de Ponte Preta. Só agradeço a Deus por me dar forças por ter a família que eu tenho, os pais que eu tenho", respondeu na saída do campo, interrompendo a entrevista por força da emoção, sem conter as lágrimas.
Bill demorou 12 jogos para marcar seu primeiro gol como profissional. Dois deles foram pelo Flamengo, com direito a assistência na final da Taça Rio, contra o Vasco, e alguns minutos contra a Chapecoense no Brasileiro, o que adicionou ao seu currículo participação na campanha campeã de 2019.
Na Ponte Preta foram 10 jogos, oito deles saindo do banco. A partida contra o Brasil de Pelotas foi a primeira na carreira em que Bill atuou por 90 minutos. Uma noite para ficar marcada na memória do jovem atleta, ainda em busca de afirmação.
O gol teve demonstração de o quanto Bill ainda pode mostrar como profissional. O próprio atleta armou o contra-ataque em velocidade antes de abrir para Renato Cajá. O atacante se apresentou na área para receber a devolução, dominou com alguma dificuldade, mas depois manteve a calma para driblar um defensor e tirar do goleiro, empurrando para dentro com categoria.