Luxemburgo diz que não há rejeição generalizada a Jesus e culpa imprensa por 'enfrentamento'

Vanderlei Luxemburgo não gostou das declarações de Jorge Jesus criticando a recepção por parte dos técnicos brasileiros. O comandante do Vasco lamentou o fato de Jesus ter generalizado na resposta a quem o atacou, e garantiu que não há uma rejeição por sua parte e de muitos outros treinadores, culpando ainda a imprensa pelo clima hostil.

Luxemburgo, que trabalhou na Espanha e viveu situação parecida nos tempos de Real Madrid, lembrou que sempre respondeu citando nomes, e sem generalizar, e pediu o mesmo a Jorge Jesus. O técnico cruz-maltino acha ainda que o maior problema está na imprensa brasileira, que utiliza o sucesso de Jesus e Jorge Sampaoli para atacar os treinadores locais.

"Primeiro encontro que tive com Jesus foi em um restaurante na Barra (bairro do Rio de Janeiro). Nos cumprimentamos e nos conhecemos. Depois tivemos uma reunião de todos os técnicos convidados pelo Juninho, pela CBF, no Maracanã. Ele foi lá, estava presente, sentou com a gente, discutiu, deu opinião... O que eu achei vendo a declaração é que ele generalizou. Colocou todos os técnicos como se os brasileiros o rejeitassem. Se ele tem alguém que falou alguma coisa dele, que ele fale dessa pessoa. Alguém falou isso. Quando ele coloca todo mundo, não é correto. Não existe uma rejeição", argumentou.

"Não tem ninguém rejeitando. O que existe é um técnico estrangeiro, outro técnico estrangeiro (Sampaoli), fazendo bom trabalho aqui, e uma parte da imprensa, não toda, fazendo um enfrentamento entre nós e eles estrangeiros que estão aqui. Eles são mais competentes e nós somos menos. Estamos buscando o nosso espaço e mostrando nossa competência, não tem nada a ver com Jorge Jesus ou Sampaoli. São dois profissionais de qualidade que estão aqui e são muito bem aceitos por nós, por mim particularmente, não tenho nenhum problema com nenhum dos dois, inclusive estou sempre no restaurante que o Jesus está presente e a gente conversa", completou.

"Eu acho que ele deveria não generalizar e sim apontar o nome de quem o tratou mal. Para não ficar na expectativa de que todos os técnicos estão contra ele, que é uma inverdade. Isso não existe", disse.

"Eu fui para a Espanha e teve um técnico que me contestou. Eu discuti com ele, não com os técnicos espanhóis. Ele não deveria ter generalizado. Acho que foi uma infelicidade. Ele tá muito bem aceito aqui no Brasil, pelos brasileiros, pela torcida dele, pela imprensa, tá muito bem posicionado aqui no Brasil. Não foi legal porque ele colocou a todos os técnicos brasileiros dentro de um saco", resumiu.