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      Volante lembra das glórias em BH e comenta atual fase

      Nilton: do bicampeonato no Cruzeiro até a luta no Z4 no CSA, passando por um Podolski flamenguista

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      O futebol é aquela montanha russa que nós sabemos: um dia, você está em alta, recebendo prêmios e tapinhas nas costas por aí. No outro, luta para não ter uma marca negativa na carreira. Nilton é um bom exemplo. 

      Bicampeão brasileiro com o Cruzeiro, o volante hoje luta contra o rebaixamento no CSA. De lá para cá, uma coisa não mudou na vida do atleta: a cobrança da esposa, Karin, que é sua principal corneteira. 

      "Continua sendo aquela mulher que fala: 'Você tem que melhorar nisso. Você foi abaixo do esperado'. Continua dando aquelas cornetadas no bom sentido, incentiva, motiva a melhorar a parte técnica, física. Até quando estava com o Dorival (no Vasco), ele falava até para ela: 'Olha, Ka, o Nilton é o coração do time. Quero que você cuide dele, porque dentro de campo eu cuido, mas fora, você é minha auxiliar técnica'", brincou. 

      Foi depois da passagem pelo Vasco, que também foi vitoriosa, que Nilton viveu o ápice da carreira. Com a camisa do Cruzeiro, o volante acabou bicampeão brasileiro em 2013 e 2014. 

      "Quando cheguei no Cruzeiro em 2013, ninguém estava esperando que tudo acontecesse tão rapidamente. Até porque era uma equipe em formação. Com o pedido do Alexandre Mattos ao Marcelo Oliveira para que eu fosse para lá, a gente acabou conseguindo rapidamente montar um modelo ofensivo, que jogava sempre para frente. Os torcedores abraçaram a equipe de uma maneira que esperavam sempre que a gente virasse o primeiro tempo vencendo. A confiança era tão grande... Acabamos sendo eliminados na Copa do Brasil pelo Flamengo, mas depois disso a gente acabou nos unindo mais, já que sabíamos que podíamos melhorar. Naquele momento, a gente estava em sétimo lugar no Brasileiro e tivemos uma sequência de dez a 11 vitórias seguidas. Ficamos uma equipe mais sólida, cascuda, o que levou a esse título de 2013", relembra Nilton.

      A façanha se repetiu em 2014, com o bicampeonato. Na época, Nilton recebeu a Bola de Prata e foi eleito o melhor volante do Brasileiro. Foi o ápice da carreira. 

      "Foi uma forma de coroar uma temporada brilhante, com gols, títulos... Acabei estando em cinco premiações. Como primeiro volante, segundo... Aquilo me deixou mais feliz pelo que acabei apresentando. Foi uma premiação que achei muito merecida pelo bom futebol que apresentei. Eu era muito aguerrido, roubava muito a bola e chegava sempre como homem surpresa, principalmente nas bolas pelo alto, chutes de longa distância. Acabei sendo coroado com o Bola de Prata e outros prêmios. Até hoje, sou bem visto pelos torcedores do Cruzeiro", recorda. 

      Depois da passagem pela Raposa, Nilton vestiu outra camisa pesada do futebol brasileiro: a do Internacional. Em Porto Alegre, voltou a ficar perto do título da Libertadores (já havia sido eliminado nas quartas com Vasco e Cruzeiro). 

      "O Internacional era uma equipe que estava atrás de mim desde 2013. Acabei chegando lá em 2015, uma contratação badalada, para poder fazer um meio-campo que o time precisava. Tive a oportunidade de trabalhar com Aguirre, Argel, que hoje está aqui no CSA, com o Odair (Hellmann), demitido recentemente. Acabei chegando e conquistando títulos (foi bicampeão gaúcho). Gosto sempre de deixar a minha marca, um título, e consegui deixar uma boa impressão. A eliminação na semifinal da Libertadores... Achei que a gente poderia ter chegado na final. É uma das competições que queria conquistar, mas, infelizmente, não tive essa possibilidade", lamentou. 

      O Japão e Podolski

      Nilton deixou o Colorado para tuar no futebol japonês, em sua primeira, e até o momento única, experiência fora do Brasil. O brasileiro defendeu por uma temporada e meia o Vissel Kobe. Até hoje, o volante sente saudades do país. 

      "Você poder atravessar o mundo e ir para o futebol asiático é uma coisa que para mim foi maravilhosa. Digo a todos que sempre que tiverem a oportunidade de ir para uma equipe no Japão, podem ir de olhos fechados. Me apaixonei pela cultura. Os japoneses nos receberam tão bem. Minha esposa tem muita saudade, a forma como nos receberam, a própria chegada no Vissel Kobe. O Nelsinho Baptista me indicou. O time não estava tão bem na J-League, em 14° lugar, e eu cheguei e consegui ser uma peça-chave para a equipe fazer uma boa campanha, até hoje considerada a melhor campanha do clube, em sétimo lugar. Aquilo, para mim, vai ficar na minha memória. E sou aquele cara que não descarto nunca voltar para o futebol japonês. Se tiver uma oportunidade, quem sabe o Nilton não pode estar voltando...", garantiu. 

      No Japão, Nilton atuou com o alemão Lukas Podolski, campeão do mundo em 2014 no Brasil. O título fez parte do dia a dia no Vissel Kobe, com o alemão "atormentando" os brasileiros com brincadeiras sobre o 7 a 1. 

      "O Lukas chegou no meio da temporada, vindo do Galatasaray. No começo, foi contratação contestada, diziam que não podia dar tão certo. O futebol japonês é dinâmico, intensidade alta. Mas o time deu um tempo de adaptação e ele acabou encaixando bem. Às vezes ele brincava: 'Brasil, 7 a 1'. Eu falava: 'Olha, rapaz, que alemão miserável' (risos)", brincou Nilton. 

      O volante lembra também das "jogadas de marketing" de Podolski e da admiração do alemão pelo Flamengo e pelo Rio de Janeiro, assuntos nas conversas por lá. 

      "Ele falava: 'Rio de Janeiro! Flamengo!'. Ele se considera um flamenguista, já usou camisa do Flamengo, deixou claro que, se tiver a oportunidade de jogar no Brasil, seria o Flamengo. A gente dizia que ele era um cara muito espontâneo. Eu brincava que ele era muito marqueteiro. Ele fazia qualquer coisa... Ia amarrar a chuteira, tirava foto. A gente estava comendo, estava tirando foto... É um cara que usa muito a imagem dele. Foi bacana ter jogado ao lado dele", destacou Nilton, que afirmou se tratar de uma pessoa "bem reservada". 

      "Ele é muito reservado, ficava muito na dele com a família. Era muito caseiro. Ficava com os pais, os pais da esposa dele. Difícil até ver ele na rua. Eu saía mais com os brasileiros que estavam na equipe, o Leandro e o Pedro Júnior. Ele ficava mais reservado. Mas posso garantir que ele sempre foi bacana, me ajudou em todo momento", revelou. 

      A luta contra o Z4 em Maceió

      Nilton voltou ao Brasil em 2018 e, depois de passagem pelo Bahia, agora luta contra o rebaixamento no CSA, em Alagoas. Acostumado a lutar por títulos, o volante vive momento complicado. 

      "É bem desagradável. Estamos tentando sair da parte inferior da tabela. A gente sempre fala aqui que joga sempre com a corda no pescoço. Tentamos sair disso todo jogo. É muito difícil. No próprio Corintians já senti uma queda, em 2007. Sempre colocamos na cabeça dos jogadores que temos condições. Mas é difícil, na Série A não existe jogo fácil. Sempre busquei títulos, premiações, deixar a minha marca. Ninguém quer ficar marcado na história com uma queda. Estamos tentando dar o melhor de cada um para sair dessa zona de rebaixamento. Mas queremos deixar o CSA na Série A para deixar minha marca nessa equipe que subiu rapidamente da Série D para a Série A". 

      O volante garante estar focado na manutenção e, por enquanto, não pensa muito no futuro. Com contrato até o fim do ano, Nilton não sabe se fica em Alagoas para a próxima temporada. 

      "Meu contrato aqui é até o final do ano. Penso passo a passo, em manter primeiro o CSA na Série A. Se permanecer, a gente sentaria e conversaria novamente. Mas a gente tem que dar o melhor de cada um para poder ver a melhor situação. Permanecendo, a gente pode conversar, tentar ver uma forma de renovar. Caindo, muda tudo no clube. Vamos ver". 

      Brasil
      Nilton
      NomeNilton Ferreira Junior
      Data de Nascimento/Idade1987-04-21(36 anos)
      Nacionalidade
      Brasil
      Brasil
      PosiçãoMeia (Volante)

      Fotografias(13)

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