A Conmebol confirmou nesta quinta-feira que o Maracanã será o palco da decisão da Libertadores de 2020. O torneio já foi decidido três vezes no estádio: uma com o Santos, de Pelé; a segunda com o Flamengo, de Zico; e outra com o Fluminense, de Renato Gaúcho. Mas nunca um brasileiro levantou o troféu no "Maior do Mundo".
Na década de 1960, o Peixe, do Rei, levava multidões aos estádios. Por isso, o jogo da final contra o Boca Juniors, com o mando de campo santista, acabou levado para o Rio de Janeiro. O Maracanã era conhecido como "o Maior do Mundo" e, de fato, milhares de torcedores compareceram para ver a decisão.
Pelé passou em branco, mas Coutinho e Lima marcaram e o Peixe venceu, por 3 a 2, com José Sanfilippo anotando os tentos argentinos. O Santos acabou campeão, mas não levantou a taça no Rio de Janeiro... O segundo jogo da final foi na Bombonera. Aí, sim, Pelé marcou e decidiu o título com triunfo por 2 a 1.
A final do Zico
Zico, outro lendário camisa 10 do nosso futebol, também jogou uma final de Libertadores no Maracanã. Em 1981, com o timaço do Galinho, Júnior, Leandro, Mozer, Adílio, Andrade, Nunes e companhia, o Fla começou a decidir o torneio no Maraca.
O Rubro-Negro recebeu o Cobreloa, do Chile, e venceu por 2 a 1. Zico marcou os dois gols flamenguistas, enquanto Víctor Merello descontou para os chilenos. A decisão, porém, esteve longe de ter a última palavra no Maracanã.
Depois do jogo do Rio, Fla e Cobreloa se enfrentaram no Chile e, com a vitória dos chilenos, um terceiro jogo foi necessário. No Centenário, em Montevidéu, o Fla, enfim, se sagrou campeão continental pela primeira vez na história.
O único a levantar o título no Maraca
Só uma vez o troféu da Libertadores foi levantado no Maracanã, e a lembrança não é boa para os brasileiros. Ao menos não para quem torce pelo Fluminense, finalista da Libertadores em 2009 contra a LDU, do Equador.
Comandado por Renato Gaúcho, o Tricolor tinha um timaço e encantou o país com um futebol bonito. Dodô ficou responsável pelos gols bonitos no ataque, o artilheiro Washington foi o coração do time e Conca e Thiago Neves formaram um meio poderoso. Thiago Silva era o Monstro da defesa.
No jogo de Quito, os cariocas acabaram perdendo por 4 a 2. E no Maracanã, Luis Bolaños abriu placar para os equatorianos logo cedo. Mas o milagre aconteceu e Thiago Neves, com três gols, levou a partida para a prorrogação.
Nela, Luiz Alberto trocou a presença em campo por evitar um gol dos visitantes e o jogo foi para os pênaltis. A festa, no final das contas, foi equatoriana, e Patricio Urrutia levantou o troféu, fato único até hoje na história do Mário Filho. O volante equatoriano chegou a atuar pelo Fluminense no ano seguinte, mas sem sucesso.
Como a Libertadores, já a partir deste ano, passou a ser decidida em final única, 2020 vai conhecer o segundo capitão a erguer o troféu no estádio mais famoso da América. Será que, dessa vez, um brasileiro consegue tal feito?