Era o jogo 100 de Neymar pela seleção. Mas apenas 20 mil pessoas compareceram ao Estádio Nacional de Singapura, onde cabem mais de 50 mil. O jogo foi igual ao público: sem graça. O Brasil não passou de um empate em 1 a 1 com Senegal, um adversário com pontos fortes, mas longe de ser uma das potências do futebol mundial.
Neymar, inclusive, fez partida muito apagada. Quando chutou, ou o fez sem direção, ou sem força. Mané foi o melhor em campo, mas sua equipe também não venceu. 1 a 1. O próximo adversário do Brasil é a Nigéria, domingo, ainda em Singapura, em mais um amistoso às 9h.
4-3-3 com Neymar apagado
Tite manteve a ideia do 4-3-3 que utilizou, com sucesso, na Copa América. Dessa vez, ao contrário de alguns momentos do torneio, apostou em Gabriel Jesus na ponta direita e Roberto Firmino centralizado. Com Neymar de volta, Everton sentou no banco.
Aos oito minutos, a movimentação ofensiva deu certo. Coutinho, parte da trinca de meias com Casemiro e Arthur, fez belo lançamento para Jesus, na direita. O atacante se livrou da marcação e mandou para Firmino, que deu um belo toque por cima do goleiro para abrir o placar.
A intensidade brasileira diminuiu depois do gol e, aos poucos, o Senegal reteve mais a posse de bola. Sadio Mané, jogador mais perigoso dos africanos, assustou Ederson pela primeira vez em chute de canhota, mas o brasileiro fez boa defesa.
Ao longo do primeiro tempo, o time de Tite não voltou a dominar o encontro e viu Mané infernizar a defesa. Já perto do intervalo, o atacante fez grande jogada pela canhota e foi derrubado por Marquinhos na área: pênalti. Diedhiou bateu no canto e deixou tudo igual.
A primeira boa jogada de Neymar aconteceu aos 46 minutos de jogo. O atacante tabelou com Coutinho e saiu na cara do gol, mas Gomis saiu bem do gol para evitar a passagem da bola. Fora os dez minutos iniciais, a seleção deveu muito na primeira parte e Neymar apareceu pouco.
100 graça
Tite não mudou no time no intervalo, mas o ataque tentou se movimentar mais. A primeira boa chance de recuperar a vantagem foi de Gabriel Jesus, que apareceu com liberdade no lado direito da área, mas Gomis, rápido, logo surgiu para fechar o gol.
Em dez minutos, o lance de Jesus foi o único bom momento do ataque. Tite, então, mandou Everton para campo, no lugar de Firmino. Jesus seguiu na direita, Everton foi para a canhota e Neymar jogou centralizado. Nada mudou e Matheus Henrique foi o segundo a entrar. Richarlison, o terceiro.
Se passou a controlar mais a posse de bola, a seleção brasileira seguiu assustando pouco. Um arremate torto de Everton foi um dos poucos arremates arriscados na segunda parte, e já faltando quase dez minutos para acabar a partida.
Os senegaleses também arriscaram aos 39, e foram mais perigosos. Foram dois chutes perigosos. No primeiro, Ederson fez a defesa. O segundo, de Mané, o goleiro não conseguiu chegar e a bola acabou acertando o poste.
A partida ficou mais empolgante nos minutos finais e Neymar e Richarlison responderam para o Brasil, mas sem acertar o alvo. De falta, Neymar acertou, mas Gomis fez a defesa. O craque passou em branco no jogo 100, e a seleção não evitou um empate morno.
1-1 | ||
Roberto Firmino 9' | Famara Diédhiou 45' (pen.) |