O tempo de Fernando Diniz chegou ao fim no Fluminense e abriu espaço para o retorno de Oswaldo de Oliveira. Uma tendência nacional: quando a nova geração não entrega resultados, os clubes geralmente optam pela experiência da velha guarda.
Fernando Diniz, de 45 anos, está na leva de técnicos promissores que ainda buscam espaço na elite nacional. Destaque no Audax, o treinador não foi bem no Athletico Paranaense, embora tenha ajudado o clube em outras funções a conquistar a Copa Sul-Americana, e teve como grande desafio na carreira comandar um Fluminense em crise. Em meio a mais baixos que altos, Diniz foi demitido nesta segunda-feira e substituído por Oswaldo, 23 anos mais velho.
Antes de assinar com Oswaldo, o Fluminense tentou Abel Braga, de 66 anos, e Dorival Júnior, de 55. Todos algumas gerações acima de Fernando Diniz, indicando a opção pela experiência para tentar tirar o clube de uma situação delicada no Brasileiro.
Não é uma situação inédita. Dorival, por exemplo, recusou o convite do Fluminense, mas em 2017 substituiu Rogério Ceni no São Paulo e em 2018 aceitou o desafio do Flamengo para ocupar o cargo deixado por Maurício Barbieri. Ceni teve de ir para a Série B para comandar o tradicional Fortaleza, retornando com o clube para a elite em alta. Hoje comanda o Cruzeiro. Barbieri tentou a sorte em Goiás e América Mineiro e não teve muito sucesso em 2019.
Ainda no Rio de Janeiro, o Vasco da Gama é outro exemplo para confirmar a tendência. Alberto Valentim, de 44 anos, não deu certo no clube, que foi buscar Vanderlei Luxemburgo, de 67, para tentar colocar a casa em ordem. No momento a troca tem sido positiva, embora Luxa tenha tido pouco sucesso nos últimos anos.
Atualmente no São Paulo, Cuca é outro convocado recentemente para substituir técnicos da nova geração que falharam no comando de seus clubes. Em 2018, o experiente treinador, de 56 anos, foi contratado pelo Santos para o lugar de Jair Ventura. Depois de deixar o clube por problemas no coração, Cuca fez uma pausa e aceitou o convite do São Paulo, substituindo André Jardine, hoje na seleção olímpica.
No Palmeiras, Felipão (70 anos) tem tido sucesso no comando depois de assumir o lugar de Roger Machado (44 anos). Roger foi para o Bahia e tem sido elogiado pelo trabalho no clube.
Em Minas, o Atlético hoje é comandado pelo jovem Rodrigo Santana, de 37 anos, mas a experiência com Thiago Larghi terminou com o retorno de Levir Culpi, de 66 anos. Antes, o Galo apostou em outro nome da nova geração, com Rogério Micale (50 anos), que acabou demitido para dar lugar a... Oswaldo de Oliveira.