Com o Mineirão pulsando em azul e branco, o Cruzeiro recebeu o River Plate, pela partida de volta das oitavas de final da Copa do Brasil. Com a bola rolando, não foi nada fácil. Os millonarios tiveram a superioridade na maior parte da partida, enquanto o time celeste foi mais perigoso. Ao fim, ninguém marcou e o placar agregado permaneceu zerado: pênaltis.
Nas cobranças, brilhou a estrela de Armani, que defendeu duas cobranças e garantiu o triunfo, por 4 a 2, nas penalidades, e, consequentemente, a classificação do time de Buenos Aires. Com a vitória nas penalidades, a equipe argentina vai encarar nas quartas de final da Copa Libertadores o vencedor do confronto entre San Lorenzo e Cerro Porteño.
Mesmo jogando no fora de casa, o River Plate foi o responsável pela iniciativa nos primeiros minutos de bola rolando. A equipe comandada por Marcelo Gallardo não se intimidou com o Mineirão completamente lotado e partiu para o domínio das ações.
O Cruzeiro, por sua vez, pressionado em sua saída de bola, buscou fechar os espaços e sair em contra-ataque. A primeira chegada de perigo foi cruzeirense. Marquinhos Gabriel aproveitou sobra pela esquerda e tentou o cruzamento. No entanto, Armani apareceu no meio do caminho para afastar de soco.
A resposta argentina, que iniciou o duelo apostando nas investidas pelo lado esquerdo, veio com Carrascal. O volante tentou surpreender Fábio, após cobrança de falta, mas exagerou na força e mandou pela linha de fundo.
A bola ficou mais nos pés dos millionarios, mas a melhor chance da primeira etapa foi do time mineiro. Thiago Neves recebeu pela direita e cruzou para Pedro Rocha, que errou na primeira, mas conseguiu a finalização. Ligado no lance, Armani operou um verdadeiro milagre e salvou o River. Na sequência, a bola ainda bateu no travessão. Romero ainda insistiu, mas bateu para fora.
O time visitante seguiu com maior volume ofensivo. Borré teve a chance, após sobra na área celeste, e parou nas mãos do goleiro Fábio. Depois foi a vez de Nacho Fernández criar bela jogada individual e tirar tinta da trave cruzeirense.
Mesmo com menos intensidade, o River voltou do intervalo sendo o dono da pelota. Os argentinos alternaram as jogadas pelos flancos, dando trabalho para a defensiva celeste. Do outro lado a Raposa era mais combativa, mas pecava muito no último terço. Faltou capricho no passe, o que foi minando a paciência do torcedor cruzeirense.
Ainda assim, o time da casa chegou com perigo. Primeiro com Orejuela, que tentou o cruzamento e obrigou Armani a mandar para escanteio. Pouco depois, Egídio fez boa jogada pela esquerda e cruzou para Léo, que antecipou o arqueiro argentino, mas cabeceou por cima.
Com o passar do tempo, os técnicos começaram a fazer alterações em suas equipes. Pelo lado mineiro, Mano Menezes mandou a campo Robinho e Fred nos lugares de Ariel Cabral e Pedro Rocha. Enquanto Marcelo Gallardo trocou seu trio ofensivo, mandando a campo De La Cruz, Suárez e Palacios.
As alterações no time brasileiro surtiram mais efeito. A entrada de Robinho equilibrou as ações no setor de meio campo, e a Raposa passou a ter uma leve superioridade, que acabou não sendo transformada em bola na rede.
Os minutos finais foram frenéticos. Muita intensidade dos dois lados em busca do gol que daria a classificação. Apesar do ritmo acelerado, o empate sem gols persistiu no Gigante da Pampulha e tudo foi se resolver na disputa por pênaltis.
Henrique abriu as cobranças, e Armani foi certeiro para fazer a defesa. Na sequência, De La Cruz colocou os millonarios em vantagem. Nem mesmo o acerto de Fred trouxe alívio aos mineiros. Pouco depois, David cobrou e o goleiro argentino voltou a defender. Ninguém da equipe argentina desperdiçou, e Borré garantiu o avanço dos hermanos.
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