Impacto negativo no PSG ajuda a explicar desemprego de Dani Alves

Dani Alves em busca de emprego foi o meme da semana. Livre no mercado desde o fim do seu contrato com o Paris Saint-Germain, o veterano brincou com o fato de não ter encontrado ainda um novo local de trabalho. Um fato inusitado para um lateral direito com o currículo do brasileiro. Para tentar entender a situação, a equipe oGol decidiu analisar o impacto de Dani Alves em seu último trampo.

A análise parte de uma comparação simples: pegamos o desempenho do PSG quando com Dani Alves em campo e comparamos com o desempenho do clube ao atuar sem o lateral. Avaliamos então o percentual de vitórias, gols marcados e gols sofridos. A diferença do desempenho com e sem o atleta nos dá uma noção do impacto de sua presença no coletivo. Fizemos a comparação contabilizando apenas jogos do Campeonato Francês, e nas duas temporadas do jogador no PSG.

Na primeira temporada de Dani Alves em Paris, a avaliação foi positiva. O time teve um aproveitamento de 84% em vitórias com o lateral em campo e 62% sem ele. Apenas Neymar causou impacto maior no quesito. O PSG teve ainda uma melhora de 14% no número de gols sofridos com Dani, embora com uma queda de 16% nos gols marcados.

O segundo ano de Dani Alves foi bem diferente. O PSG venceu apenas 61% dos jogos disputados com o lateral. Sem ele, o clube venceu todas as partidas: 100% de aproveitamento. O número de gols marcados caiu em 27% com o lateral, e o time sofreu 58% mais gols por jogo.

Dani Alves foi quem teve maior impacto negativo em 2018/19 no PSG, acompanhado de perto de Leandro Paredes. Julian Draxler e Choupo-Moting também não fizeram boa figura. Já Marquinhos foi o homem que fez a maior diferença, pelo positivo, quando esteve em campo, seguido de Di María, Rabiot (que jogou apenas meia temporada), Meunier e Thiago Silva.

As boas atuações na Copa América deixaram uma última imagem positiva para Dani Alves e, com o seu histórico vencedor, é difícil entender a falta de propostas por um jogador livre no mercado. Talvez o receio de ver o Dani da última temporada pelo PSG justifique em parte a cautela.