Emelec faz sua parte, despacha Flamengo e complica vida rubro-negra na Libertadores

No aniversário do técnico português Jorge Jesus, um presente para lá de amargo. O Flamengo foi até Guayaquil, no Equador, para encarar o Emelec. Com um time bem modificado, o Rubro-Negro encontrou muitas dificuldades, sofreu e foi vencido por um incisivo adversário: 2 a 0. 

Com a derrota, a equipe brasileira terá um desafio árduo na próxima semana no Maracanã. Se quiser avançar às quartas de final da Libertadores, o Fla precisará vencer por mais de dois gols de diferença.

Vantagem equatoriana

O jogo começou estudado em Guayaquil. O Flamengo tentou o dono da posse de bola e criou sua primeira finalização logo aos dois minutos. Diego recebeu pelo meio e arriscou. A bola desviou na defesa equatoriana e saiu em escanteio. 

A equipe da casa não demorou para dar a resposta. Aos dez, na segunda chegada dos elétricos, Cabezas partiu pela direita e virou o jogo para Guerrero, que bateu cruzado. A bola chegou até Godoy, que, com muita liberdade na área, bateu de primeira, vencendo o goleiro Diego Alves: 1 a 0 para o Emelec.

Com o time bem modificado pelo aniversariante do dia, o técnico português Jorge Jesus, o Rubro-Negro até buscou propor as ações da partida, mas encontrou muita dificuldade para fazer funcionar o esquema tático imposto pelo mister.

Aos 30, surgiu a grande chance brasileira na primeira etapa. Gabriel Barbosa recebeu pela esquerda, fez fila na defesa adversária e bateu de bico. Seria um belo gol, mas Dreer caiu bonito para espalmar e salvar a equipe mandante.

Gabigol seguiu sendo o flamenguista mais perigoso na partida. Por outras duas oportunidades, o camisa 9 buscou a finalização, mas não encontrou o caminho das redes.

Expulsão, lesão e mais um gol do Emelec

Na volta do intervalo, o Flamengo já passou pelo primeiro susto. Rodrigo Caio errou o corte de cabeça e a bola se ofereceu para Angulo, na pequena área. O atacante, porém, furou de forma inacreditável e desperdiçou a chance de ampliar a vantagem equatoriana.

Apesar da bobeada no início, o Rubro-Negro voltou com uma postura mais agressiva na etapa complementar. Com maior volume no campo ofensivo, o time carioca ganhou novo ânimo aos nove. Rafinha foi lançado pelo lado direito e levou um chute no rosto do zagueiro Leandro Vega. A arbitragem, em cima do lance, aplicou o cartão vermelho direto.

Como era de se esperar, o domínio flamenguista aumentou com um jogador a mais em campo. Buscando aumentar ainda mais a pressão, o técnico Jorge Jesus mandou a campo Lincoln e Lucas Silva. 

15 minutos. Esse foi o tempo que o time brasileiro conseguiu ficar em vantagem numérica no gramado. Depois de jogada individual, Diego sofreu falta perto da área equatoriana e sentiu uma lesão. Por já ter feito as três alterações, o Fla também ficou com dez jogadores, aumentando ainda mais o drama dos visitantes.

O que era ruim, ficou ainda pior. Aos 33, Lucas Silva tentou jogada pelo meio e foi bloqueado, armando um contra-ataque para os elétricos. Guerrero foi acionado na esquerda, avançou e rolou para Caicedo, que bateu firme e ainda contou com desvio no meio do caminho para ampliar o placar para os donos da casa.

Batido, o Rubro-Negro ainda esteve perto de diminuir o prejuízo. Em chute de Renê de fora da área, a bola caprichosamente encontrou a trave de Dreer, que já estava batido no lance. Ainda deu tempo para um lance polêmico ao fim da partida. O árbitro de vídeo chegou a analisar a possibilidade de um pênalti para o Emelec, mas um toque de mão no início da jogada salvou o Fla de um desastre.