Com a vitória por 1 a 0 no jogo de ida, o Athletico Paranaense foi até Buenos Aires precisando apenas de um empate para conquistar a Recopa Sul-Americana. Entretanto, do outro lado estavam o River Plate e mais de 60 mil apaixonados que lotaram o Monumental de Nuñez. O Furacão até segurou o empate na primeira etapa, mas no segundo tempo, Ignacio Fernández, Lucas Pratto e Suárez, já nos acréscimos, trataram de dar o título para os Millionarios: 3 a 0.
Com o grande resultado, o Club Atlético River Plate conquista, pela terceira vez em sua história, o título da Recopa Sul-Americana.
O jogo começou muito pegado no Monumental de Nuñez. Marcação forte, faltas e nada de chances de perigo. Assim foram os primeiros minutos da grande decisão da Recopa Sul-Americana.
Passados os instantes iniciais, o River colocou a bola no chão e partiu para a blitz. Aos 13, Borré se movimentou bem na área do Furacão, recebeu e soltou uma bomba. A bola explodiu no travessão de Santos, que nada poderia fazer.
Os Millionarios continuaram em cima da equipe brasileira. Pouco depois, foi a vez de Angelleri aproveitar sobra e bateu rasteiro. O goleiro brasileiro, atento no lance, fez bem a defesa. Falta a presença do Lucas Pratto. O centroavante, ex-Atlético Mineiro e São Paulo, apareceu na área para cabecear, forçando mais uma boa intervenção do arqueiro athleticano.
A noite parecia mesmo ser de Santos. Aos 24, Pratto teve nova oportunidade e bateu firme, no cantinho. Mas o camisa 1 rubro-negro se esticou todo e afastou o perigo. O Athletico, por sua vez, tinha espaço para contragolpear, mas não encaixava o passe. Até que aos 32, Roni girou sobre a marcação argentina e rolou para Lucho chegar batendo. Armani abafou e fez boa defesa.
Nos minutos finais, o River voltou a aumentar a pressão em cima dos paranaenses. Já nos acréscimos, Borré abriu espaço na área e, mais uma vez, foi parado por boa intervenção do guarda-redes visitante.
Precisando da vitória, Marcelo Gallardo aproveitou o intervalo para promover a primeira alteração em sua equipe. Na tentativa de aumentar o volume no meio de campo, o volante Palacios foi embora para a entrada do meia De La Cruz.
A pressão dos donos da casa era intensa. Por outro lado, o Athletico era inteligente e fechava bem os espaços. Com amplo domínio territorial, mas sem alternativas pelo chão, os Millionarios passaram a abusar das bolas alçadas na área. Sem sucesso.
Até que aos 15, após tentativa de finalização, a bola explodiu em Lucho González. Os jogadores argentinos pediram toque na mão do volante rubro-negro. O árbitro da partida, depois de consulta ao VAR, confirmou a penalidade. Na cobrança, Ignacio Fernández desperdiçou, mas aproveitou o rebote para igualar o agregado da decisão.
Com a abertura do placar, o Monumental inflamou e os athleticanos passaram a ter a situação na decisão ameaçada. O ritmo mandante aumentou, ultrapassando os 60% de posse de bola, contra um adversário que se tornou inofensivo. Tanto que a primeira finalização do Furacão na segunda etapa só foi surgir aos 35, com Renan Lodi de fora, mas Armani mandou para escanteio.
O jogo já se encaminhava para a prorrogação, quando, aos 45, após saída em velocidade, Lucas Pratto recebeu nas costas de Léo Pereira e mandou para o fundo das redes: 2 a 0. Poderia ser o gol do título, mas cabia mais. Desestabilizado, o Furacão deu espaço, Paulo André bobeou e Matias Suárez deu números finais à partida. Vitória e título do River Plate no Monumental de Nuñez.
3-0 | ||
Nacho Fernández 65' Lucas Pratto 90' Matías Suárez 90' |