26/04 - 15:45
26/04 - 16:00
Para vencer campeonatos é preciso vencer os jogos difíceis, mesmo quando não se joga bem. E o Liverpool fez isso, com sofrimento, na pressão e com um toque de sorte para compensar certa falta de inspiração. Os Reds largaram na frente, viram o Tottenham reagir e acabaram por vencer em Anfield por 2 a 1, com gol no fim, e contra.
No todo, foi um confronto bastante equilibrado, em que o melhor momento do time da casa foi nos minutos iniciais. O placar poderia ter sorrido para qualquer um dos lados, mas o Liverpool provou mais uma vez ter brio para seguir na briga, ponto a ponto, com o Manchester City pelo título da Premier League.
Os Citizens tem agora 79 pontos, contra 77 do City, embora com um jogo a mais. O Tottenham segue em terceiro, porém mais próximo do grupo de baixo, com 61 pontos, empatado com o Manchester United e na frente de Arsenal e Chelsea, ambos com 60. Há vaga na Liga dos Campeões para apenas dois destes, com Liverpool e City mais destacados na frente.
O Tottenham teve dificuldade para lidar com os avanços de Alexander-Arnold e Robertson pelas laterais. Especialmente do último. O Spurs demorou a encontrar uma solução para isso em campo, e acabou pagando por isso.
Com 16 minutos, Robertson aproveitou os espaços e cruzou para o centro da área. Roberto Firmino movimentou-se bem entre dois zagueiros e cabeceou no canto, sem chance de defesa.
O time londrino acabou por equilibrar as ações ainda no primeiro tempo, embora sem criar grande perigo a Alisson. Já Mané levantou o torcedor com chute colocado, que por alguns segundos enganou o estádio de tão perto do gol.
O panorama do jogo mudou definitivamente no segundo tempo, com o Tottenham mais presente no ataque, até por uma opção dos Reds, de investir nos contragolpes. A estratégia poderia ter dado certo, não fosse por um detalhe importante: a falta de inspiração de Salah. O atacante desperdiçou duas grandes oportunidades em sequência nos contra-ataques, que poderiam ter mudado o jogo.
Um craque do outro lado acabou por chamar a responsabilidade. Em um daqueles lances de inteligência e talento que somente os jogadores acima da média conseguem produzir, Harry Kane cobrou uma falta rapidamente no meio-campo, surpreendendo toda a defesa do Liverpool e acertando uma lançamento preciso para Trippier na direita. O ala cruzou, Eriksen pegou mal na bola no meio e Lucas Moura, bem na partida, fechou o serviço.
O Liverpool teve de voltar a ser mais agressivo no ataque, e a situação da partida se inverteu mais uma vez. O Tottenham fechou-se bem na defesa e passou a explorar os contra-ataques, agora com Son a ajudar Lucas Moura e Kane no ataque. E o Spurs passou a desperdiçar chances claras, a maior delas com Sissoko, livre de frente para Alisson antes de finalizar por cima do gol.
No último minuto do tempo regulamentar, o time de Jürgen Klopp foi todo para o ataque em lance de bola parada. A defesa londrina afastou, mas a sobra ficou com o Liverpool e a bola voltou a ser alçada para a área. Salah acreditou e cabeceou com veneno. Lloris fez a defesa parcial, a pelota bateu em Alderweid e o zagueiro, perfeito em quase todo o jogo, acabou por marcar contra o gol decisivo.
2-1 | ||
Roberto Firmino 16' | Lucas Moura 70' Toby Alderweireld 90' (g.c.) |
