O Campeonato Brasileiro Feminino começa neste fim de semana. Com um novo formato, o torneio promete iniciar uma revolução na modalidade no Brasil, e vem sendo bem visto pelas atletas. A reportagem de oGol ouviu algumas jogadoras que estarão na competição, e elas comentaram a mudança.
Inicialmente, a mudança, em termos de calendário, não é muita. Nas edições anteriores, os times eram divididos em dois grupos, com os quatro primeiros de cada se qualificando para as quartas. Eram 14 jogos. agora, os 16 times do campeonato se enfrentam em turno único. Ou seja, cada equipe fará ao menos 15 jogos.
Além do aumento de uma partida, o que pode ser bom apenas para início de conversa, a zagueira Érika, campeã da última edição com o Corinthians, destaca a possibilidade de enfrentamento de todas as equipes antes do mata-mata.
"Achei válida a mudança. Aumentaram a quantidade de jogos na primeira fase e possibilita um enfrentamento entre todas as equipes. Acredito que a tendência é que seja um formato melhor que o anterior", analisou.
Carol Matos, um dos reforços do Flamengo para a competição, também viu a mudança com bons olhos e acredita que o campeonato pode ficar mais forte. "O sistema antigo não que era ruim, mas, talvez, não era o ideal para um campeonato tão forte e com tantas equipes. E com mais equipes surgindo, só tende a melhorar".
Carol espera que o novo formato seja uma espécie de embrião para a implantação de um sistema de pontos corridos, como acontece no masculino. "Quem sabe assim, nas próximas edições, fazendo um regulamento parecido com o do masculino, com muitos jogos para a gente ter calendário, vai ser bom para a modalidade".
Um calendário maior, para que as atletas consigam ficar em atividade do início ao fim do ano, é a tecla mais batida pelas jogadoras. Sorriso, zagueira do Internacional, também destaca a importância de se ter mais jogos para as meninas.
"Um calendário um pouco mais extenso e podendo ser conciliado com os Estaduais... Com isso, teremos equipes, como o Inter, com calendário de partidas no ano todo. A tendência é de que reduzam os números de atletas desempregadas e ainda teremos novas oportunidades", ressaltou, sendo endossada por Mariana Dantas, lateral do Audax.
"Este novo formato permitirá novas oportunidades, uma sequência maior de jogos e visibilidade para a nova geração. Soma-se ao fato de termos os times de camisa chegando, novos investidores e uma competição muito mais fortalecida. Estamos motivadas e esperançosas para esta edição da competição, tem tudo para ser a mais disputada dos últimos anos".