No primeiro clássico paulista da temporada, o Santos mostrou a cara de Sampaoli e, com muita tranquilidade, venceu o São Paulo, por 2 a 0, neste domingo, no estádio do Pacaemb,u em partida válida pela terceira rodada do Campeonato Paulista.
O Santos se manteve como único time 100% do Campeonato Paulista, liderando o Grupo A com nove pontos ganhos em três jogos. Na próxima rodada, os comandados de Jorge Sampaoli vão até Bragança Paulista enfrentar o Bragantino. Já o São Paulo sofreu o seu primeiro revés no torneio, mas segue na liderança do Grupo D, com seis pontos ganhos. Na próxima rodada, a equipe do técnico André Jardine recebe o Guarani em seus domínios em busca de reabilitação.
O Santos começou a partida mostrando as novas características da equipe nas mãos de Sampaoli: Marcação firme e posse de bola. Por outro lado, o time de André Jardine tinha como sua principal arma a paciência para esperar o adversário dar espaço para o contra-ataque. Com essa combinação, o início do clássico foi de muito estudo, com maior domínio do Santos, mas com as melhores oportunidades criadas pelo São Paulo.
Na segunda metade da primeira etapa, a intensidade do Alvinegro permitiu ao Santos dar trabalho a Tiago Volpi, com boas oportunidades com Soteldo e Jean Mota, que mais uma vez realizou excelente partida e consolidou o seu crescimento nas mãos do técnico argentino. Pelo lado do Tricolor, Pablo e principalmente Helinho eram os que mais finalizavam, mas Vanderlei não viu sua meta ser realmente ameaçada.
Com o jogo cada vez mais concentrado no meio de campo, o placar sem gols se tornou justo para a primeira etapa. Mesmo assim, Derlis ainda chegou na cara do Tiago Volpi e perdeu boa oportunidade. Na sequencia da jogada, Pituca foi derrubado por Nenê próximo da área, Jean Mota cruzou e Luiz Felipe apareceu antes do goleiro do São Paulo e desviou de cabeça para marcar o primeiro do jogo antes do intervalo.
Foi o primeiro gol do zagueiro no Campeonato Paulista, enquanto Jean Mota deu a sua segunda assistência no torneio. Os jogadores do São Paulo deixaram o campo na bronca com a arbitragem.
O segundo tempo teve mudança. Helinho, que errou muitos passes no primeiro tempo, foi sacado para a entrada de Diego Souza, com isso Pablo passou a jogar mais aberto e o camisa 9 se tornou o centroavante. Outra mudança no Tricolor foi a postura, que deixou de esperar a passou a pressionar o Santos. Sampaoli, por outro lado, deixou sua equipe numa estratégia semelhante do primeiro tempo, com muita pressão na marcação e posse de bola.
Com o São Paulo crescendo na partida, o argentino mudou o time com as entradas de Aguillar e Copete nos lugares de Jean Mota e Orinho. Com isso, o time passou a jogar com três zagueiros e com o colombiano atuando na ala esquerda. As mudanças não reverteram o panorama e o Tricolor continuava pressionando, mas defensivamente a partida do Alvinegro era precisa. Sampaoli tentou mais uma mudança tirando Soteldo e colocando Felipe Cardoso.
Logo na primeira jogada, deu resultado. Bruno Peres desperdiçou cobrança de falta no ataque, Felipe Cardoso, com apenas um toque, lançou Derlis González no contra-ataque. O paraguaio chegou na cara de Tiago Volpi, fez a finta e tocou para o gol vazio. Foi o segundo gol do atacante no Paulistão.
O gol matou o São Paulo, que não conseguiu mais pressionar o Santos, que, por sua vez, diminuiu seu ritmo e passou a rodar o time em busca de novas oportunidades. Jardine colocou Liziero e Brenner para equilibrar as ações, mas o time seguiu sem se encontrar no gramado, de forma que o Peixe apenas administrou o resultado e seguiu como único 100% dentro do Campeonato Paulista.
2-0 | ||
Luiz Felipe 45' Derlis González 67' |