Siga oGol no Twitter
    bet365
    Futebol Internacional
    Tio Sam de olho no Brasil

    Como uma universidade gaúcha participa do projeto dos EUA para sediar a Copa de 2026

    E1

    O que a PUC do Rio Grande do Sul tem a ver com o projeto dos Estados Unidos de sediar a Copa do Mundo de 2026, em conjunto com Canadá e México? A reportagem de oGol conheceu um pouco da escola de futebol do Orlando City, que funciona dentro da universidade, em Porto Alegre, para contar um pouco dessa história. 

    A Orlando City Soccer School atende a jovens desde os três anos de idade. Pedro Viana, coordenador do projeto, começou por explicar que o objetivo principal da parceria entre o clube estadunidense e a universidade gaúcha é educacional. 

    "O projeto do Orlando era uma simples escola de futebol com uma metodologia diferente. As aulas são dadas em inglês. A partir daí, a PUC entendeu que era importante para ela. Quando a gente se estabeleceu na PUC, os professores detectaram que a escola poderia ser um instrumento usado para laboratório e para aplicação de pesquisas com os próprios alunos. Foi quando começou a se criar a aplicação, em aulas de futebol, do que queremos, para que se consiga detectar um talento através daí. E não é só para o futebol: para outras áreas também. Porque o menino gosta mais de matemática porque é mais atento a determinados exercícios...", começou a explicar. 

    Os métodos para se chegar aos craques

    Através de exercícios específicos, os profissionais do Orlando e da PUC detectam as habilidades dos jovens e em que áreas elas se encaixam melhor. Viana explicou que o estudo passa por três funções executivas. 

    "Freio inibitório (é uma das funções). Por exemplo: quando a gente está conduzindo a bola e o professor dá o comando: "three, two, one, stop!". Quanto tempo leva uma criança para fazer isso? 'Ah, ela aprendeu rápido'. Ou: 'quantas vezes a gente precisa fazer até ela aprender?'. Isso se chama freio inibitório. Memória de trabalho: no 3 x 3, só um pode dar dois toques na bola, um apenas um toque e outro três toques. Quando o garoto esquece isso, ou quando lembra sempre? Isso é memória de trabalho. Flexibilidade cognitiva, comum para goleiros: você tem que tocar no cone na direita, espalmar a bola no alto na esquerda e receber uma bola de frente. Vários exercícios em um único: isso é flexibilidade cognitiva. A partir daí, você consegue detectar situações. Por exemplo, memória de trabalho: o menino que tem boa memória de trabalho pode ser, por exemplo, um bom professor. Tem que ter uma boa memória para dar aula. Aí você tem que fazer um acompanhamento. Vai levar alguns anos para a gente saber que caminho o menino que hoje tem sete anos vai estar seguindo com 17", explicou. 

    Rodrigo Sartori, ex-jogador de futsal, é quem trabalha com os professores da PUC analisando os dados dos exercícios. Ele explicou, para a reportagem, no que consiste o projeto da pesquisa, que tem o intuito de saber se as habilidades cognitivas são preditores de talentos do esporte. 

    "O estudo vai envolver avaliação da competência motora através de dois testes motores e também da avaliação da capacidade cognitiva, através de uma bateria de avaliação das funções executivas (habilidades cognitivas). Vamos ver se achamos relações entre estas variáveis e também verificar se estas variáveis podem ser preditores do desempenho escolar, por exemplo", disse. 

    De olho em 2026

    Bom para os jovens gaúchos, que ganham chance de se desenvolverem esportiva ou academicamente, e para o Orlando e os Estados Unidos, que procuram talentos para as próximas gerações. Afinal, a Copa de 2026 será no país... 

    "Eles estão vindo buscar no Brasil bons atletas que queiram estudar. Querem melhorar a liga e, consequentemente, melhorar a seleção. Como a Copa de 2026 vai ser lá, eles já querem preparar as seleções de base para tentar fazer uma boa Copa. É um projeto até a médio prazo. Um menino de 16 anos hoje vai estar no auge em 2026", explicou Pedro. 

    O Orlando não é o único clube estadunidense com tal ambição no Brasil. "Ontem, na PUC, recebi o coordenador de um clube de lá. Eles vêm ao Brasil para buscar talentos", revelou Pedro. 

    A curto prazo, o Orlando, ex-time de Kaká nos Estados Unidos, quer, no mínimo, melhorar a qualidade de sua equipe e conquistar fãs no Brasil. "O desejo do Orlando City é se tornar o segundo clube no coração do brasileiro e por isso nosso projeto tem o propósito de encantar todos os amantes de futebol brasileiro", disse Mike Potempa, diretor do Orlando.

    Comentários

    Quer comentar? Basta registrar-se!
    motivo:
    Interessante
    2018-12-09 17h07m por Vascaino1898
    Não sabia que o Orlando City e a PUC eram parceiros. Boa iniciativa para a educação dos jovens.

    Mercado treinadores
    Técnico da Áustria na mira
    Ralf Rangnick confirmou, nesta quarta-feira, sondagem do Bayern de Munique. O técnico, atualmente no comando da seleção austríaca, garantiu que o foco é a Eurocopa ...

    ÚLTIMOS COMENTÁRIOS

    ScPKoHx 24-04-2024, 10:29
    grandejogadoor 24-04-2024, 08:33
    ScPKoHx 24-04-2024, 08:12
    ScPKoHx 24-04-2024, 08:08
    ScPKoHx 24-04-2024, 07:19
    ScPKoHx 24-04-2024, 07:12
    JP_Tricolor 24-04-2024, 05:59
    JP_Tricolor 24-04-2024, 05:58
    JP_Tricolor 24-04-2024, 05:54
    JP_Tricolor 24-04-2024, 05:53
    ScPKoHx 23-04-2024, 14:09