Siga oGol no facebook
bet365
Futebol Internacional
Meia vem de conquistas seguidas no país

Ex-Fla, Éder superou pressão e desemprego para viver anos de sonho na Coreia

2018/12/02 10:09
E0

Formado na base do Guarani, o meia Éder teve uma curta passagem pelo Flamengo em 2008. Na Gávea, começou a aprender a lidar com a pressão, que o acompanharia de outras formas na carreira. Hoje, Éder, que já chegou a largar o futebol após ter ficado oito meses desempregado, faz sucesso na Coreia e celebra a volta por cima no país, sendo destaque nas principais equipes.

Em conversa com a reportagem de oGol, o jogador relembrou a passagem curta, mas marcante no Fla, principal time da carreira. O ano era 2008, e Éder terminou o Carioca e iniciou o Brasileiro com a camisa rubro-negra. 

"Foi uma passagem curta, mas um grande aprendizado para mim. Chegar em um clube como o Flamengo e ver que tinha condições de estar no meio de tantos craques para aprender com eles... Foi uma experiência maravilhosa para um garoto de 21 anos", contou. 

Éder conviveu com a pressão de vestir a camisa do Flamengo. Anos depois, se transferiu para o futebol grego, onde defendeu Asteras e AEK e aprendeu a conviver com torcidas das mais violentas do mundo. 

"Lá existem clássicos onde as coisas fogem do controle, mas depois que você joga pelo Flamengo, você se acostuma com qualquer pressão. Os jogos contra o Paok eram sempre complicados pela atmosfera que tinha no estádio. Era complicado. Já teve vez de ter que correr para o vestiário porque a torcida estava invadindo o campo. Era uma loucura", recorda. 

Fora do país, Éder chegou a atuar também no Shabab, de Dubai. Foi quando ficou desempregado e parou por oito meses. Nesse tempo, chegou a pensar em parar de jogar. Foi quando veio o projeto de atuar no futebol coreano. 

"Foi onde tudo mudou na minha carreira. Assinei com o Daegu em 2015 e, desde então, permaneci no futebol coreano com grandes conquistas. Se em 2014 estava pensando em largar o futebol, agora chego a 2018 com dois acessos e um título da primeira divisão (da Coreia)", celebra. 

Confira a entrevista completa de Éder com a reportagem: 

oGol: Depois de um início de carreira no Guarani, você teve a grande chance no Flamengo, em 2008. Como recorda teus primeiros passos como atleta?

Éder: Meu início foi no Guarani. Comecei no futsal de lá e, depois, foram oito anos até chegar nos profissionais e sair no final de 2007.

E a passagem na Gávea, em seguida, foi curta, mas marcante?

Sim, a passagem foi curta, mas de grande aprendizado para mim. Chegar num clube como o Flamengo e ver que tinha condições de estar no meio de tantos craques e aprender com eles... Foi uma experiência maravilhosa para um garoto de 21 anos! Foi um período fantástico na minha carreira.

O que mais aprendeu no clube?

Estava no início da minha carreira e já tinha jogadores consagrados do lado, como Fábio Luciano e Léo Moura, Tardelli... Estar ao lado deles foi muito importante para mim. Por exemplo, o Fábio era um líder e sempre me dava conselhos que uso até hoje na minha carreira". 

O que aprendeu com ele?

O comprometimento e o profissionalismo que necessitamos ter para nos tornarmos um campeão. O Fábio me cobrava muito, mesmo eu sendo um garoto, Hoje, entendo muito melhor do que naquela época. Se tivesse entendido, talvez teria aproveitado melhor minha passagem no Flamengo. Mas, como a maioria dos jovens, às vezes você se empolga um pouco e se ilude com algumas situações. Sem dúvidas, os aprendizados vividos no Flamengo e o fato de não ter aproveitado melhor minha chance lá fizeram com que eu crescesse muito rápido para os próximos desafios. 

Você voltou a lidar com pressão na Grécia... 

No futebol grego, foi uma experiência ainda melhor. Lá, me desenvolvi muito como atleta, cresci muito e aprendi demais. Um futebol muito tático, isso me ajudou demais na formação. Hoje em dia, tudo isso tem me ajudado a ter êxitos por onde passo.

Como foi a experiência por lá? Lá, infelizmente, algumas torcidas são bem violentas...

Sim, realmente lá existem clássicos onde as coisas fogem do controle, mas depois que você joga no Flamengo, você se acostuma com qualquer pressão. Mas os jogos contra o Paok eram sempre os mais complicados, pela atmosfera que tinha o estádio e pelos torcedores. Era complicado. Já teve vez de ter que correr para o vestiário porque a torcida estava invadindo o campo. Era uma loucura!

Já chegou a ser agredido ou temer por sua integridade?

Não, nunca fui agredido, mas é claro que, numa situação dessa, você, em um estádio com 40 mil pessoas, fica muito assustado com a situação. Tirando a parte da violência, o clima para esses jogos era o melhor.

Você jogou também nos Emirados, onde existe um tipo diferente de pressão...

Sim, lá a pressão é completamente diferente: o estrangeiro tem que chegar e resolver tudo. Todo clube tem essa cobrança, só que acho que lá é um pouco mais em cima dos resultados individuais dos estrangeiros. Lá, você não tem tempo para adaptação como a gente vê em outros lugares. Eles não dão esse tempo. Você tem que chegar e resolver.

Essa pressão acabou fazendo você sair?

Na verdade, a situação que me fez sair foi outra. Eu cheguei para entrar em uma vaga de um jogador lesionado, que tinha contrato de três anos. Eu estava lá para jogar seis meses, só que ele voltou antes do prazo e eu acabei saindo por questões contratuais. Não tive tempo. Joguei apenas quatro jogos.

Depois, veio a chance de ir para a Coreia?

Em seguida, não! Fiquei quase oito meses em casa sem clube. Foi o período mais horrível da minha carreira. Após esse longo período sem clube, apareceu a oportunidade de ir para um teste no final de 2014. Foi a onde tudo mudou na minha carreira. 

Como foi essa mudança?

Assinei com o Daegu em 2015 e, desde então, permaneci no futebol coreano até hoje, tendo grandes conquistas. Minha carreira mudou completamente. Se em 2014 estava pensando em largar o futebol, agora chego a 2018 com dois acessos e um título da primeira divisão (da Coreia). Foram os melhores anos da minha carreira, com grandes conquistas em todos os anos. Encarei essa oportunidade na Coreia como a última chance da minha carreira e acho que foi isso que me fez ser tão vitorioso nesses anos. Só quem passa por momentos como esse (desemprego) sabe realmente a dificuldade que é.  

Você construiu uma história vitoriosa na Coreia... 

Sim, foram anos maravilhosos e muito vitoriosos. No primeiro ano, quase subimos com o time, diferença de um gol de saldo fez a gente perder o acesso. No ano seguinte, conseguimos o acesso com Daegu. Depois, me transferi para o maior clube, o Jeonbuk, e fui campeão da K1 (primeira divisão). Este ano, me transferi para o Seongnam, um clube grande também, mas que estava na segunda divisão e tinha um planejamento de voltar à elite. Fui muito feliz lá este ano, conseguindo outro acesso. São três anos anos de conquistas expressivas dentro da Coreia. 
Brasil
Éder
NomeÉder Luiz Lima de Sousa
Data de Nascimento/Idade1987-09-01(36 anos)
Nacionalidade
Brasil
Brasil
Dupla Nacionalidade
Palestina
Palestina
PosiçãoAtacante (Centroavante)

Fotografias(2)

Comentários

Quer comentar? Basta registrar-se!
motivo:
EAinda não foram registrados comentários…
Links Relacionados
Jogador
Equipe

Copa Sul-Americana
Fim da seca de gols e primeira vitória
Rafael Santos Borré, enfim, encerrou sua seca de gols com a camisa colorada e ajudou o Internacional a superar o Delfín, fora de casa, por 2 a 1, e vencer a primeira na Copa ...

ÚLTIMOS COMENTÁRIOS

ViniciusLopes 26-04-2024, 00:03
grandejogadoor 25-04-2024, 22:21
ScPKoHx 25-04-2024, 20:17
renato92 25-04-2024, 16:09
grandejogadoor 25-04-2024, 14:58
Piranho 25-04-2024, 13:17