É hexa! Após vencer o Corinthians na partida de ida da final da Copa do Brasil, o Cruzeiro voltou a triunfar sobre os paulistas, dessa vez por 2 a 1, e conquistou, pela sexta vez, o título da competição. Os gols foram marcados por Robinho e Arrascaeta. Jadson, de pênalti, descontou para o time da casa.
Com a conquista, o time celeste, além de garantir a bagatela de 50 milhões de reais, equivalente a premiação do torneio, se torna o maior vencedor da competição, deixando para trás a equipe do Grêmio, com cinco.
Com a necessidade do resultado, o Corinthians começou a partida buscando fugir de suas características, e ser mais agressivo no campo de ataque. No entanto, o Cruzeiro marcava forte, compactava suas linhas e não dava espaços para a equipe alvinegra.
Os comandados de Jair Ventura tentavam o ataque pelo lado esquerdo, mas faltava caprichar no último passe. Tanto que, mesmo com o domínio paulista, a primeira finalização da partida saiu dos pés do visitante Thiago Neves.
Minutos depois viria o castigo para os corintianos. Aos 28, Rafinha ganhou dividida com Léo Santos, e serviu Barcos. O argentino dominou, ajeitou o corpo e finalizou na trave. Na volta, Robinho pegou de primeira e colocou a equipe mineira na frente.
O gol celeste colocou fogo na partida. Aos 33, Dedé aproveitou cruzamento pela esquerda, se antecipou a marcação e cabeceou na trave. No lance seguinte, foi a vez do Corinthians assustar. Jadson cobrou falta na direção do zagueiro Henrique, que subiu livre e testou rente à meta de Fábio.
Os 70% de posse de bola não foram suficientes para que o gol de empate saísse na primeira etapa. Romero, de fora, e Jonathas, de cabeça, tentaram, mas não obtiveram êxito.
A pressão corintiana voltou junto com a segunda etapa. E logo aos cinco minutos, Ralf foi derrubado por Thiago Neves na área. Pênalti? O árbitro Wagner Nascimento assinalou a penalidade após consulta ao árbitro de vídeo, o famoso VAR, uma das novidades da fase final da Copa do Brasil deste ano. Jadson foi para a cobrança, e deixou tudo igual no marcador.
O gol aumentou a confiança dos donos da casa, mas foi o Cruzeiro que quase marcou o segundo. Thiago Neves cobrou falta pela esquerda, Jonathas tentou afastar, e a bola sobrou limpa para Léo finalizar. A bola entraria, não fosse a intervenção do goleiro Cássio.
Aos 24, o VAR voltou a ter protagonismo. O Corinthians marcaria o gol da virada com Pedrinho, que acabara de entrar, não fosse uma falta de Jadson em Dedé no início da jogada. A infração foi flagrada depois de nova consulta do árbitro da partida à tecnologia.
Mesmo com o gol anulado, a equipe paulista seguiu em cima para buscar o tento que levaria a decisão para as penalidades. Mano Menezes, por sua vez, mandou a campo Arrascaeta, que voltou de compromisso no Japão com a seleção uruguaia momentos antes para disputar a final, e Raniel, na tentativa de equilibrar as ações.
E justamente esses dois atletas que fizeram a diferença. Em contra-ataque de almanaque, Raniel arrancou e tocou para Arrascaeta. O uruguaio, que viajou 26 horas para estar na decisão, avançou e, com requintes de crueldade, deu um leve toque por cima de Cássio: 2 a 1. O autor da assistência por pouco não marcou o terceiro, mas parou no arqueiro corintiano.
Nos instantes finais, os donos da casa se lançaram ao ataque de maneira desordenada para buscar um milagre, mas a equipe mineira estava organizada e administrou a vantagem até o apito final.
1-2 | ||
Jádson 55' (pen.) | Robinho 28' Gio de Arrascaeta 82' |