Ao contrário de Vinícius Júnior, Paquetá pode chegar na Europa com protagonismo

O Flamengo acertou com o Milan a ida de Lucas Paquetá para Milão. O Rubro-Negro receberá cerca de 25 milhões de euros na segunda maior venda da história do clube, atrás de Vinícius Junior, negociado com o Real Madrid por 45 milhões. 

Se rendeu ao Rubro-Negro milhões a menos que Vinícius, Paquetá deve chegar na Europa com mais espaço. O que é natural. Afinal, um deixou o Brasil com 18 anos, o outro sairá com 21. 

Vinícius Júnior já era muito querido pela torcida rubro-negra quando foi para Madri, porém foram apenas 29 partidas como titular, e outras 40 saindo do banco. Na seleção, Vinícius Júnior só conseguiu espaço nas equipes de base, até pela juventude, e nunca foi lembrado na principal. 

Paquetá pode não ter sido tão precoce como seu ex-companheiro, mas já soma 87 jogos com a camisa rubro-negra. A grande diferença é que 66 foram como titular, número que chega perto da totalidade de jogos de Vinícius Júnior. Em minutos, são 5987 de Paquetá, contra 3329 de Vinícius.

Em termos de gols, são 17 do atual jogador do Fla contra 14 do antigo, que costuma atuar mais avançado no campo. Paquetá ainda tem até o final do ano para aumentar os números, já que vai para a Europa só em janeiro. 

Vinícius foi já no meio deste ano, mas esteve em campo apenas duas vezes com o time principal do Real Madrid. No total, somou apenas 12 minutos em campo. O brasileiro é visto como uma joia ainda a ser lapidada. 

Paquetá deve chegar no Milan com outro status. Não só pelo Milan ter um elenco mais modesto, e viver uma situação financeira diferente, sem participar da Liga dos Campeões e com campanha mediana na Itália. Mas porque sai do Rio de Janeiro com outra bagagem. 

Não apenas pelos jogos e gols que fez com o Fla, e não pelas vezes que se portou como um jogador experiente em campo, apesar de ter 21 anos. A tranquilidade com que vestiu a camisa da seleção brasileira é outro indício de que Paquetá não sentirá o peso da camisa do Milan.

Alguns exemplos, com Gabriel Barbosa incluso, mostram que o futebol apresentado no Brasil, e até na seleção, pode não ser o suficiente para brilhar na Europa. Mas o meia flamenguista já mostrou que tem condições de, a partir de janeiro, ajudar o Rossonero como protagonista.