Gabriel Jesus chegou ao Manchester City em 2017 com muita moral com Pep Guardiola e foi importante na conquista do título de 2017/18, mas perdeu espaço no clube após a Copa do Mundo da Rússia. No clássico contra o Liverpool, uma cena foi emblemática da falta de confiança do treinador em seu atacante: Jesus foi impedido de cobrar pênalti mesmo depois da saída de Agüero.
Um dos batedores da equipe, Jesus pensou que herdaria o posto de cobrador oficial sem o argentino em campo. No entanto, acabou por ter de ceder a bola a Riyad Mahrez, que desperdiçou a cobrança. O brasileiro não ficou nada satisfeito com a situação embaraçosa.
"Claro que não estou feliz. Como o Riyad, eu venho praticando cobranças. Eu gostaria de ter cobrado, eu estava confiante e não fiquei feliz que não me permitiram", confessou Jesus.
Apesar de tudo, Jesus garantiu que há bom ambiente no clube e pareceu não ter problemas com Guardiola.
"Pep conversou comigo. Faz parte do futebol e essas coisas acontecem. Eu vou apoiar o Riyad se o técnico escolher ele", garantiu.
Titular na Copa do Mundo pelo Brasil, Gabriel Jesus foi um dos nomes mais criticados da campanha na Rússia. A participação deveria ser um marco positivo na carreira do jogador e acabou por se transformar em seu primeiro grande desafio para se manter no alto nível. Desde então o atacante vem sofrendo para recuperar a boa fase, e os números mostram isso.
Quando chegou ao City, Jesus surpreendeu e disputou 11 jogos em um semestre, mesmo com uma lesão que o retirou por mais de dois meses dos gramados. Chegou a "barrar" Agüero, maior artilheiro da história do clube. Marcou sete gols.
Na temporada passada passou a partilhar mais tempo ao lado de Agüero. Foi usado em sistema de rotação por Guardiola, porém muito mais como titular do que como reserva. Foram 29 os jogos em que começou, de 42, com 17 gols marcados e uma importância fundamental para o título inglês.
Agora, em 2018/19, Jesus disputou apenas por duas vezes os 90 minutos, e uma delas foi na Copa da Liga. Marcou dois gols nestes jogos e em nenhum outro. Foi reserva utilizado por seis vezes, o que atesta seu novo status de opção no banco. Agüero, com oito gols, é o dono da posição e Jesus tem sido deslocado com maior frequência para os lados, onde Sterling e Sané, principalmente, levam vantagem na disputa.