Tite repete escalação contra Costa Rica e espera seleção sem ansiedade da estreia

A ansiedade é um rival forte na estreia das seleções na Copa do Mundo e o Brasil sentiu a pressão com uma atuação abaixo da média, com empate para a Suíça. Contra a Costa Rica, o time será o mesmo, mas Tite espera um desempenho mais solto de seus jogadores.

Não foi a estreia que Tite desejava, mas também não foi um resultado desastroso. De qualquer forma, o jogo contra a Costa Rica ganhou ainda mais valor para a classificação já que não há mais espaço para falhas.

"Aquele afã, do próprio técnico, da estreia no Mundial, já passou. Temos tranquilidade maior agora, o técnico também conta. É ser humano. Eu também estava na expectativa do primeiro jogo. Hoje tu já tem foco maior, abstração maior", defendeu Tite, depois de confirmar a repetição do time.

"Jogos entram com caráter decisivo, em função do empate do primeiro jogo. Temos consciência disso. Para tornar o jogo defensivo como foi o anterior, e ofensivo com efetividade maior", reconheceu.

Sem críticas a Neymar

Neymar foi um dos mais criticados na estreia. Fora o fato de ainda não estar 100%, o jogador escutou críticas principalmente pelo excesso de individualismo, com dribles para trás ou longe da área rival, sem a tal efetividade de Tite, que ainda assim defendeu seu atacante.

"Todos os atletas têm responsabilidade de serem coletivos e individuais. Alguns com características específicas. Do Neymar, não vou tirar a característica do transgressor, do último terço. Mas serve para os outros. Todos nós temos que potencializar equipe, mas respeitar as características. Último terço? Vai dentro, finta. Característica do futebol brasileiro. Não vou retirar", disse.

Tite lembrou ainda que Neymar passou muito tempo parado e por isso não espera que esteja ainda no seu melhor momento, o que deve ocorrer durante a Copa, embora o torneio curto possa tornar isso mais preocupante. O treinador ainda minimizou as dores por conta das pancadas sofridas no jogo contra a Suíça.

"Foi uma pancada que ele trouxe, mas ela não retira aquele projeto inicial. Acho que foram três meses e meio até o primeiro jogo de 90 minutos. Coloquei já isso desde o início. Tem uma ciência e uma tranquilidade a esse respeito. É preciso um mínimo de cinco jogos para o ser humano estar na sua plenitude. Ele acelerou demais esse processo e vai estar nesse processo evolutivo também", afirmou.