Ederson chega à Copa pelas grandes defesas que fez no Manchester City ao longo da temporada, mas também pelo jogo com os pés. A filosofia de Pep Guardiola, de trocas de passe e raros chutões, ajudou o goleiro a desenvolver a habilidade com a bola no chão, mas poucos sabem que as qualidades de Ederson com os pés vêm de muito tempo antes.
O primeiro clube da carreira de Ederson foi o São Paulo. O jogador chegou ao Morumbi jovem, para as equipes de base do Tricolor, mas não como goleiro: na época, Ederson se destacava como zagueiro em uma escolinha de futebol em Osasco.
Ao ser levado para Cotia para treinar com os meninos do Tricolor, Ederson virou goleiro, e teve destaque. Mas não foi o suficiente para mantê-lo em São Paulo: quando chegou ao time sub-17 são-paulino, Ederson não estava, fisicamente, evoluído como os companheiros. O caminho foi a saída de Cotia. Logo, já estava em Lisboa.
O brasileiro demorou ainda a jogar na capital portuguesa. Nas primeiras temporadas, após ter completado a base pelos Encarnados, Ederson jogou por Ribeirão e Rio Ave. Em seguida, atuou pelo Benfica B, até, enfim, ganhar espaço no time principal das Águias.
Na temporada 2015/16, foram 18 jogos. Na seguinte, 40. O jogador assombrou Lisboa com grandes defesas e também pela capacidade de iniciar um ataque rápido. Recentemente, inclusive, o brasileiro entrou no Livro dos Recordes pelo tiro de meta mais longo da história, com a bola percorrendo 75,35 metros. O Benfica respondeu divulgando um vídeo nas redes sociais em que um tiro de meta de Ederson teria percorrido 84 metros.
Com 24 anos, Ederson é o segundo goleiro mais caro da história, atrás apenas de Buffon, da Juventus. Após 45 jogos na temporada e o título inglês pelo City, o goleiro ganhou valorização ainda maior, tendo contrato renovado até 2025. Pela seleção brasileira, Ederson fez apenas um jogo, e deve ser o reserva imediato de Alisson.