O paranaense Miranda jogará, na Rússia, a primeira Copa do Mundo da carreira. Mas experiência não falta ao defensor, que traz, desde as categorias de base, um espírito de liderança que se tornou um de seus diferenciais.
Formado no Coritiba, Miranda foi alçado ao time profissional em 2004, ano em que o time disputou a Libertadores. Antônio Lopes, técnico do Coxa na época, lembra que viu, já na base, que o zagueiro era um líder nato.
"Eu vi o Miranda já na Taça São Paulo e pedi que ele integrasse o time principal porque vi nele muita capacidade e potencial muito grande. Já era, na base, um líder, os garotos gostavam dele", comentou.
Além de liderança, Miranda acrescenta técnica e boa saída de jogo. O jogador desenvolveu a qualidade de passe na saída de bola nos tempos de São Paulo, quando, com Muricy Ramalho, formou a trinca de defensores que foi o pilar do Tricolor no tricampeonato brasileiro.
Os tempos de Morumbi renderam não só convocações ao defensor, que esteve na Copa das Confederações em 2009, como também chamaram a atenção do futebol europeu. Em 2011, Miranda foi para o Atlético de Madrid.
Nos Colchoneros, o brasileiro evoluiu tática e fisicamente. Foram quatro temporadas com títulos nacionais e internacionais. Além de tudo, o jogador traz na bagagem a experiência de ter trabalhado com Diego Simeone.
Na última temporada em Madri, porém, Miranda perdeu espaço para o uruguaio José Giménez, e acabou negociado com a Internazionale. Em Milão, o zagueiro manteve o grande nível para chegar em forma na Copa.
Com 45 jogos no currículo pela seleção, Miranda vai para a Rússia como favorito para ser titular em uma zaga em que disputa vaga com Thiago Silva, Marquinhos e Pedro Geromel. Afinal, dos 19 jogos de Tite no comando da seleção, Miranda jogou 14 como titular.