Os encontros e desencontros com Tite, ao longo da carreira, criaram uma relação que, para muitos, explica a convocação de Cássio para a Copa do Mundo. Mas o goleiro corintiano vai muito além da relação com Tite, e se credenciou, com méritos, para o Mundial.
Gaúcho de Veranópolis, assim como Tite, Cássio teve a primeira experiência no futebol com Tite, mesmo sem o treinador saber. No título da Série B do Gaúcho em 1993, que recolocou o Veranópolis na elite, Cássio era uma espécie de mascote, e Tite, o técnico. O tio do goleiro era massagista do VEC, e o agora goleiro estava sempre presente com o time. O treinador só ficaria sabendo anos depois, quando ambos se reencontraram no Corinthians, e para conquistar o mundo.
Ambos foram do céu ao inferno no Timão algumas vezes, com brilho de títulos nacionais e internacionais e, na trajetória, períodos do goleiro na reserva. Para Tite, o tempo afastado ajudou Cássio a crescer. E, de fato, o goleiro cresceu, e muito.
Neto, Vanderlei e Marcelo Grohe vivem, sem dúvida, grande fase, mas Cássio fez por merecer a convocação em campo. O antigo mascote do Veranópolis, que teve pouco espaço no Grêmio e ficou esquecido por uns anos na Holanda, ganhou tudo no Parque São Jorge, com todos os méritos, e se reinventou após algumas pedras no caminho, com problemas físicos e a morte de sua avó, dona Maria Luiza, que era considerada pelo goleiro uma segunda mãe.
Tudo foi ficando pelo caminho, e Cássio voltou a se firmar na meta corintiana, sendo protagonista nos últimos títulos estaduais do clube e no Brasileiro de 2017, se destacando com grandes atuações. No campo, Cássio se garantiu na Rússia.
Ao longo dos anos, o goleiro já provou diversas vezes que já não é mais só um mascote que dá sorte a Tite, mas também um homem de confiança que salva o treinador quando necessário.