O Fluminense sofreu para conquistar a classificação na Sul-Americana contra o Nacional de Potosí, mesmo após abrir três gols de vantagem no Maracanã. O grande problema foi encarar a altitude de 4 mil metros da cidada boliviana.
Mesmo antes de começar a partida, Abel Braga teve sua primeira baixa por conta da altitude. Marcos Júnior passou mal e não teve condições de jogo. Mas a realidade é que poucos atletas conseguiram render contra o Nacional, precisando de oxigênio antes, durante e depois da peleja.
"Aqui em Potosí as pessoas são muito amáveis e simpáticas, nos receberam muito bem. Mas com todo respeito, não há possibilidade de jogar futebol a mais de 4 mil metros de altura. É impossível! Já tinha jogado em Quito, mas 4 mil metros não é normal. Tivemos jogadores com oxigênio no hotel, oxigênio antes do aquecimento, oxigênio depois do aquecimento e eu conversei com os jogadores no intervalo e eles com oxigênio", lamentou Abel Braga.
"É questão fisiológica. Não estou dizendo que o povo de Potosí tem problema com isso. Desumano é jogar futebol, não morar aqui. As pessoas que moram aqui estão habituadas. Agora você sair do nível do mar para 4 mil metros", completou.
O discurso do treinador ecoou as palavras de seus jogadores após a derrota por 2 a 0, com classificação no agregado. O capitão Gum disse nunca ter visto caso igual, e não apenas pela altitude.
"Foi uma grande experiência de vida. Além da altitude desumana, o Fluminense ainda teve que encarar um gramado sem condições", detonou o experiente zagueiro.
2-0 | ||
Harold Reina 51' 61' (pen.) |