O meia Gegê foi do céu ao inferno do Botafogo. O jogador participou da melhor campanha do Glorioso nos pontos corridos do Brasileiro, com classificação para a Libertadores, em 2013. Mas, no ano seguinte, acabou rebaixado com o clube. Os altos e baixos em General Severiano foram muitos, mas o jogador amadureceu e hoje projeta carreira na Europa.
Em entrevista para a reportagem de oGol, Gegê lembra da montanha-russa que viveu em General Severiano. Do brilho no Brasileiro com Seedorf em um ano ao rebaixamento no outro, sem meio-termo.
"Em 2013, conseguimos ir para a Libertadores. Fizemos um ótimo ano e, no final, fomos abençoados com a classificação. Em 2014, jogamos a Libertadores. O ano começou muito bom. Era um ano muito esperado, o Botafogo não jogava a Libertadores fazia muito tempo. Começamos o ano jogando a Libertadores, e terminamos no rebaixamento. É algo ruim, difícil, mas serviu de aprendizado", conta.
Entre glórias e fracassos, Gegê conseguiu conquistar espaço no elenco botafoguense. "Era difícil, pelos jogadores de qualidade que tinham". Mas o jogador lembra até hoje com carinho do clube e da experiência que teve em General Severiano. Tanto que, mesmo na Turquia, segue acompanhando o clube.
"Quando posso, acompanho o Botafogo, vejo os jogos. Tenho grandes amigos lá, um carinho pelo clube... O horário aqui é bem diferente do Brasil, mas, quando dá para ver, acompanho. Botafogo tem time organizado e tem tudo para fazer um grande ano. Espero que dê tudo certo, que Deus os abençoe para terem um ano abençoado".
Despedida do Bota
Após quatro temporadas pelo time da Estrela Solitária, Gegê procurou novos objetivos na carreira. Não foi fácil a decisão de deixar o Alvinegro, mas o meia queria mais protagonismo em campo.
"2016 foi minha última temporada pelo Botafogo. Não foi fácil sair, mas era necessário. Depois de dez anos, tive de deixar o clube para jogar mais e ganhar experiência. Às vezes, temos de tomar algumas decisões para poder jogar, então tive de deixar o clube. É uma coisa que faz parte. Espero, quem sabe um dia, retornar", revela.
Gegê foi para o ABC e fez 51 partidas e dez gols em 2017 pelo clube, o maior número de jogos e de gols em um ano da carreira do atleta. "Fui para o ABC para ganhar mais minutos, jogar mais jogos, porque é importante para o jogador estar sempre jogando. Graças a Deus, consegui fazer isso lá", lembra.
Carreira na Europa
Após os jogos em Natal, as portas da Europa se abriram para Gegê. O meia foi contratado pelo Adana Demirspor, já tendo feito 11 jogos e um gol pela equipe turca. Jogar na Europa era um sonho do brasileiro.
"A adaptação não é fácil. No início, era um pouco difícil, pela língua, comunicação é bem difícil. Mas hoje estou mais adaptado, tenho conseguido jogar e ajudar a equipe. Fico feliz em ter essa oportunidade, agradeço a Deus por ela. Agora, é trabalhar, se dedicar para ter uma carreira boa aqui na Europa", garantiu.
Apesar de pensar em, um dia, voltar a defender o Botafogo, Gegê projeta os próximos anos da carreira na Europa. Para isso, busca ganhar espaço no futebol turco, com muito trabalho e dedicação.
"Quero trabalhar bastante aqui, abrir novas portas, buscar novos caminhos e, se Deus permitir, jogar um bom tempo aqui. Estou realizando um sonho de criança, de jogar na Europa. É me dedicar ao máximo para fazer tudo da melhor forma possível".