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    Futebol Internacional
    Atacante foi MVP na Ásia

    Marcão ouviu Juninho Paulista, largou o basquete e hoje é ídolo na Coreia

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    Basquete ou futebol? A dúvida permeou parte da adolescência de Marcos Vinícius Amaral Alves, o Marcão. Acabou por tentar a sorte com a bola nos pés e, aconselhado por Juninho Paulista, cresceu na carreira com rumos inesperados. O paulista de Tietê deixou os dias de basquete com o pai para ser ídolo do outro lado do mundo. 

    Tudo começou em Tietê. E o Marcos ainda não era Marcão, mas Marquinhos. Mesmo "pequeno perto dos outros", se arriscava no basquete. Como a maioria dos jogadores não grandes o suficiente para o esporte das enterradas, Marquinhos era armador, e mandava bem. 

    "Eu joguei futebol até os 11 anos de idade. Só que meu pai é treinador de basquete, então abri mão de jogar futebol na época e fui para o basquete. Joguei com meu pai (em Tietê). Joguei basquete por causa disso, da família. Meu pai estava sempre próximo... Fiquei cinco anos jogando basquete e sempre fui armador, porque eu era menor, pequeno perto dos outros. Hoje sou grande, mas, na época que jogava basquete, eu era menor. E sempre joguei de armador", recorda, em conversa com a reportagem de oGol.

    Chegou um momento, então, que o Marquinhos, que logo se tornaria Marcão, teve de escolher entre o basquete e... O futebol. Foi quando começou a relação do atleta com o Ituano: o armador virou artilheiro. 

    "Na época o Toninho Oliveira, que jogou no Santos, lateral, falou: 'Marcão, vai ter um jogo em Itu e a gente precisa de um atacante. Não tem como você jogar para a gente?' Eu fui. Era um time da base do Ituano. Pude fazer gol, o clube gostou de mim... Eu ia para o LSB de Sorocaba, um time de basquete, aí pesei na balança se ia seguir o futuro no basquete e ficar próximo do meu pai, ou jogar futebol e ajudar a minha mãe... Foi o que fiz: larguei o basquete, que é algo que até hoje gosto, e entrei no futebol", confessou. 

    Marcão foi virando artilheiro. E muito por conta dos conselhos de Juninho Paulista. O ex-jogador, dirigente da equipe de Itu, foi uma espécie de mentor para o atacante, que soube bem ouvir os conselhos. 

    "O Juninho, desde quando entrei no Ituano, sempre esteve conversando comigo, me orientando, porque ele também já foi jogador. Passou bastante da experiência dele como atleta. Pelos conselhos, acabei crescendo, pude aumentar minha habilidade, mudar meu estilo de jogo... Eu não era jogador de futebol. Joguei dos 11 aos 16 anos basquete. Com 16, entrei no Ituano. O Juninho me orientou, me deu a oportunidade de crescer e fiquei muito feliz. Tenho contato até hoje com ele, é um cara que me ajudou muito e ainda me aconselha bastante. Agradeço a ele por ter feito tudo o que fez por mim", afirmou.

    Idolatria na Coreia  

    Juninho ajudou Marcão também a realizar um sonho: jogar fora do país. Após alguns anos em Itu, e depois também de empréstimos ao Guarani, de Palhoça, e ao Bragantino, Marcão foi emprestado ao Gyeongnam, da Coreia do Sul.

    "Sempre quis jogar fora do Brasil. O Ituano me deu uma oportunidade de poder emplacar. O Gyeongnam tinha um diretor no Brasil que assistiu jogos meus, gostou e entrou em contato com o Ituano. Tive uma conversa com o Juninho e com meus empresários e o Ituano me deu a oportunidade de ir. Fico feliz de ter saído e ter aproveitado as oportunidades", recordou. 

    Marcão aproveitou bem a oportunidade no futebol asiático: na primeira temporada, foi o principal jogador da segunda divisão coreana, eleito MVP e alcançando a artilharia da competição, além do título. Os 21 gols em 26 partidas fizeram o contrato temporário virar efetivo. 

    "Na segunda divisão, fui muito feliz. Trabalhei bastante e as coisas foram acontecendo. Graças a Deus, fui eleito o melhor jogador da temporada, melhor atacante, artilheiro, poder ter sido campeão... Fico muito feliz com isso. Espero poder repetir isso na primeira divisão", conta. 

    Mas o início não foi nada fácil... O que hoje são histórias contadas aos risos sobre a apimentada comida coreana, antes se colocavam como obstáculo. A imersão em uma nova cultura foi penosa. 

    "Meu início na Coreia foi complicado. Quando eu cheguei, a gente não tinha tradutor e eu não sabia falar quase nada em inglês. A gente teve dificuldade para comunicar, mas como os coreanos são atenciosos, facilitou. A gente também não era acostumado a comer as comidas daqui... Eu fiquei um mês e meio só comendo bobagens, pizza... Não comia nada de comida coreana. Às vezes eles faziam um macarrão e eu conseguia comer, mas era muito raro. Depois, o clube contratou uma mulher que fazia uma comida mais ou menos igual a do Brasil, e eu conseguia comer. Mas no começo foi difícil, eu não me alimentava direito e os treinos são muito intensos... Eu ficava com fraqueza, mas depois me acostumei. Hoje, como todos os tipos de comida coreana... O frio foi difícil também, treinava no frio... Mas dentro de campo, pude me acostumar muito rápido. O treinador é muito bom, me orientou bastante.. Em dois meses que fiquei, me adaptei ao estilo coreano de correr bastante, de se movimentar, finalizar", recorda. 

    Marcão segue fazendo história na Coreia. No início da K-League, a primeira divisão local, o brasileiro já marcou quatro vezes em duas partidas. O atacante quer se tornar o primeiro da história do país a ser artilheiro da segunda e da primeira divisões em anos consecutivos, mas não esconde, também, que sonha em jogar a Liga dos Campeões da Ásia. 

    "Eu gosto de fazer história, de ser reconhecido. Tive várias propostas para sair, mas sabia que não era o momento, porque a gente vinha de uma campanha muito boa e eu vinha em um momento muito bom. Optei por ficar porque queria ser campeão aqui, ser artilheiro e fazer história. Fiz tudo o que prometi para o clube e estou muito feliz aqui. Queria jogar a primeira divisão, que todo mundo fala que é difícil, muito disputado. Meu objetivo é provar que, mesmo em um time menor, eu poderia mostrar minha habilidade, meu bom comportamento em campo, mostrar resultado para todos eles. 'Pô, o cara jogou na segunda divisão e hoje está muito bem na primeira'... Esse era meu objetivo. Alcançar uma classificação também muito boa para, quem sabe, alcançar a Champions da Ásia", projetou.

    "Meu foco, no momento, é a classificação, é fazer história no Gyeongnam. Claro que todo atacante quer ser artilheiro. Sei que para mim, jogando em uma equipe menor, é mais difícil. É um objetivo maior para eu conquistar. Se todo mundo fala que nessa equipe é mais difícil ser artilheiro e eu conseguir, eu posso provar o contrário. Claro que ser artilheiro da segunda divisão e, no outro ano, ser da primeira, eu vou ficar contente. Mas, se não for, como tinha falado, meu foco é buscar uma classificação melhor para minha equipe e fazer história", completou. 

    Brasil
    Marcão
    NomeMarcos Vinicius Amaral Alves
    Data de Nascimento/Idade1994-06-16(29 anos)
    Nacionalidade
    Brasil
    Brasil
    PosiçãoAtacante (Centroavante)

    Fotografias(3)

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