Bady se apresentou ao Brasil no interior de São Paulo. Primeiro em Rio Preto, passando por Santo André, mas principalmente em São Bernardo. O meia ganhou projeção, jogou no América Mineiro, disputou o Brasileiro por Atlético Paranaense e Figueirense, até que conseguiu seu espaço fora do país.
Hoje defendendo o NK Istra Pula, da Croácia, o jogador relembrou, em conversa com a reportagem de oGol, o início da carreira no interior, a pressão que sofreu em Curitiba e os bons momentos de Figueirense, antes de realizar um desejo pessoal, de jogar na Europa. O jogador vai se adaptando ao novo continente, apesar do frio.
"A dificuldade maior é mais o frio nos treinamentos, nos jogos. Dificulta um pouco mais. Agora já deu uma melhorada, então está sendo mais tranquilo. Mas quando faz o frio maior é mais complicado de acostumar", conta.
Bady fez nove partidas e um gol pelo Gençlerbirligi, da Turquia, e atualmente está emprestado no NK Istra Pula. Confira a entrevista completa com o jogador:
oGol: Bady, como foi teu começo no futebol? Você iniciou tua trajetória no futebol do interior paulista...
Bady: Meu início foi como todo brasileiro, nas escolinhas desde muito novo. Mas minha carreira se iniciou no interior paulista, na cidade de São José do Rio Preto, no Rio Preto. Na época, iniciei a carreira como profissional na A2 do Paulista. O Rio Preto já tinha uma visibilidade boa, porque a Série A2 sempre revela bons jogadores no interior paulista.
Você chegou ao Atlético Paranaense em 2014 após um Campeonato Paulista muito bom no São Bernardo. Como você avalia pessoalmente tua passagem no Furacão?
Foi uma situação muito boa ter ido ao Atlético Paranaense. É um clube que tem uma das melhores estruturas dos clubes brasileiros. A melhor estrutura que trabalhei até hoje foi no Atlético Paranaense, onde tive a oportunidade de passar alguns meses lá. Avalio minha passagem no Atlético como boa. Cheguei em 2014, após ter feito um Paulista bom pelo São Bernardo. Cheguei no Atlético e terminei 2014 bem, jogando o Brasileiro. Se não me engano, ficamos em nono, ou décimo em um campeonato difícil. No início do ano, não sabia se a gente ia iniciar o ano disputando o Paranaense ou não, teve uma dúvida relacionada a isso e política... Acabou dificultando, a torcida já estava impaciente com algumas situações. Depois disso, a gente não teve um bom começo de Paranaense e a torcida ficou ainda mais impaciente. A torcida começou a pedir novos jogadores, como acontece no futebol. A partir daí, não tive mais oportunidades de jogar. Mas são coisas que acontecem no futebol. Tive uma passagem feliz lá, fiz vários amigos, que são amigos até hoje. Para mim, isso foi muito importante.
Acha que as críticas foram muito fortes e você poderia ter tido mais espaço por lá?
Quanto a isso, tranquilo. O tempo que fiquei no Atlético foi bom, proveitoso. Do clube não tenho nada a falar, das melhores estruturas que temos no nosso país. Fui muito feliz lá e gostei bastante.
Em 2016, você fez 39 jogos no Figueirense. Individualmente, foi um bom ano?
Tive essa passagem pelo Figueirense, onde fui muito feliz, fiz bastantes jogos. Um clube muito bom, cidade boa também. Em seguida, surgiu a proposta de ir para a Turquia. Já tinha a mentalidade de trabalhar fora do país. Uma experiência que queria ter, já tinha essa vontade. Apareceu essa proposta para meu empresário, a gente conversou e achou que seria um momento bom para trabalhar fora do país.
Passagem muito boa na Turquia. Ainda tenho contrato com o clube. Não tive problemas com atraso de salários. O clube tem uma estrutura muito boa e o que combinaram comigo sempre cumpriram. É um clube bom de se trabalhar.
Como aconteceu a mudança para a Croácia?
Não vinha tendo muitas oportunidades na Turquia. Apareceu essa chance de poder passar três meses na Croácia, até o final da temporada. Decidi, juntamente com as pessoas que trabalham comigo, que seria melhor vir para cá e ter uma sequência boa de jogos para, a partir daí, ver o que seria bom para fazer na próxima temporada.
Agora você está na Croácia, um futebol que não conta com tantos brasileiros... Como vem sendo a tua adaptação aí?
A gente não conta com muitos brasileiros aqui na Croácia, mas estou buscando me adaptar o mais rápido possível para desempenhar o meu melhor. Buscando nos treinamentos a melhora a cada dia. Mas o mais difícil é o frio. É uma cidade bastante fria, isso dificulta, mas isso é o tempo...
Qual teu grande objetivo no futebol croata? Pretende voltar ao Brasil em breve?