Siga oGol no Twitter
    bet365
    Futebol Internacional
    Ricardo Jesus repassa carreira e projeta desafio nos Emirados

    Início com Pato, passagem na Rússia, ano extraordinário na Ponte e desafios asiáticos

    E0

    2006 foi dos anos mais vitoriosos da história do Internacional. Alguns dos que lá estavam se tornaram ídolos eternos, relembrados mesmo mais de uma década depois. Alguns colorados, entretanto, talvez não lembrem que Ricardo Jesus esteve por lá naquele ano. 

    Foram cinco jogos do atacante no Brasileiro daquele ano. E o Brasileiro nem era tão visado pelo clube. Apesar de ter terminado em segundo, o Colorado foi mesmo atrás dos títulos da Libertadores e do Mundial de Clubes. Mesmo coadjuvante, Ricardo conta, para a reportagem de oGol, que lembra bem daquele ano. 

    "Eu cheguei no Internacional em 2003 e pude acompanhar o crescimento do time nas competições internacionais. Acho que foi muito importante para o meu crescimento e amadurecimento. O Internacional é um grande clube e estar perto de grandes jogadores para mim foi incrível. Receber conselhos deles e vendo eles vencerem de perto... Fica na memória as boas lembranças", recorda. 

    Ricardo Jesus viu de perto o surgimento de Pato, de quem foi companheiro algumas vezes. Ter participado do início da carreira de Pato é motivo de orgulho para Jesus. 

    "Jogamos juntos nos juniores e um tempo no time B. No time principal, eu joguei algumas partidas, e aí depois ele subiu e, com a qualidade que tem, não deixou espaço para mais ninguém, assumiu a posição e o resto da história já conhecemos bem. Mas é um cara muito legal, convivemos na base um pouco juntos e sempre torci muito por ele e fico feliz de ter participado um pouquinho da história do grande jogador que ele sempre foi", confessa.  

    Passagem na Rússia e sucesso em Campinas

    Sem muitas partidas pelo Inter, Jesus acabou indo para o futebol russo. Primeiro, jogou no Spartak Nalchik, para depois defender o grande CSKA Moscou. Na Rússia, o brasileiro sofreu um pouco para se adaptar.  

    "Realmente, naquele tempo era um pouco mais difícil, mas as coisas vão melhorando com o tempo e isso é bom porque a adaptação fora do país fica mais fácil. Hoje, já estou calejado, então nada mais me assusta. Com a família sempre me apoiando e junto comigo, fica mais fácil. Quando fui para Rússia, era um time pequeno no interior, a vida era muito mais difícil, ninguém falava inglês, tive que aprender russo na força. Quando fui para o CSKA, as coisas melhoraram, mas as dificuldades de estar em um país com muito frio e com uma cultura diferente da nossa nunca ficam fáceis", conta. 

    Jesus não ficou tanto tempo na Rússia. Fez poucas partidas pelo CSKA e acabou emprestado para o Larissa, da Grécia, antes de voltar ao Nalchik. A grande fase de sua carreira viria em seguida, na Ponte Preta. 

    ©PontePress/DJota Carvalho

    "A Ponte Preta foi especial. Eu sou natural de Cosmópolis, a 40 minutos de Campinas, e vivi tentando jogar nos clubes da região, mas o que eu sempre quis jogar foi a Ponte Preta. Tentei várias vezes quando jovem, mas só consegui já quando estava no profissional. Eu estava perto da minha família, dos meus amigos, consegui fazer gol em um dos clássicos mais bonitos do futebol brasileiro... A torcida é uma das mais apaixonadas que já vi, então posso te dizer que foi o melhor ano da minha carreira". 

    Em 47 partidas no ano, foram 21 gols. O atacante foi fundamental no retorno da Macaca para a Série A do Campeonato Brasileiro e acabou, na temporada seguinte, se transferindo para a campeã daquela Série B, a Portuguesa. 

    "Tiveram algumas negociações (para outros clubes), mas o CSKA sempre complicava muito e deixava tudo mais difícil. Por algum motivo, eles facilitaram para a Portuguesa, mas foi uma escolha que fiz pelo grande clube e pela história da Portuguesa. O Jorginho (então técnico da Lusa) é um grande treinador e também contribuiu para minha escolha. Gostei muito de ter passado por lá", revela. 

    Experiência asiática

    Jesus ainda voltou a ser emprestado pelo CSKA para outras equipes brasileiras. Depois, optou por jogar fora do país. Atuou no futebol mexicano e, em 2016 e 2017, jogou na Tailândia. 

    "Estive na Tailândia nos últimos dois anos e realmente é uma cultura muito diferente. Participei de dois momentos da história deles muito interessantes: uma parte triste pela morte do Rei, que inclusive nos deu o título da série B, porque o país parou, então quem ganhou, ganhou, e quem perdeu, perdeu; e vi o príncipe assumir o trono. Mas, apesar da cultura diferente, é um país lindo e muito bom de se viver". 

    Depois da passagem pelo futebol tailandês, Ricardo Jesus terá um desafio nos Emirados Árabes. Nesta semana, o jogador acertou contrato com o Al-Orooba. 

    "Acertei aqui por seis meses. Estou feliz pelo novo contrato e por estar conhecendo um novo lugar e uma nova cultura. Espero ter sucesso aqui e poder ajudar o meu novo clube". 

    Brasil
    Ricardo Jesús
    NomeRicardo Jesús Da Silva
    Data de Nascimento/Idade1985-05-16(38 anos)
    Nacionalidade
    Brasil
    Brasil
    PosiçãoAtacante (Centroavante)

    Fotografias(3)

    Comentários

    Quer comentar? Basta registrar-se!
    motivo:
    EAinda não foram registrados comentários…
    Links Relacionados

    Série B
    Bom início de Série B
    Em um duelo animado no OBA, com boas chances dos dois lados, o Vila Nova mostrou mais eficiência e superou o Guarani, por 2 a 0, para começar a Série B com vitória. 

    ÚLTIMOS COMENTÁRIOS

    Creed93 22-04-2024, 19:02
    JP_Tricolor 22-04-2024, 06:13
    JP_Tricolor 22-04-2024, 06:05